PSD considera que existe “desentendimento” na empresa municipal Vitrus

A coligação Juntos por Guimarães acredita que a existência de um conflito no conselho de administração da Vitrus terá estado na origem do pedido de demissão do administrador-executivo. Na reunião de câmara desta quinta-feira, o presidente Domingos Bragança não negou esse cenário, apontando para a necessidade de haver uma revisão dos estatutos.

A minuta do contrato de João Pedro Castro, novo gestor público da empresa municipal responsável pela gestão de resíduos urbanos e limpeza pública e pela supervisão do estacionamento público, foi aprovada com as abstenções dos vereadores da oposição.

Pegando neste ponto, motivado pela saída de Daniel Pinto, que estava no cargo desde 2011, Hugo Ribeiro refere que existe “a percepção que as coisas não vão bem na Vitrus”, tendo havido, no seu entender, “um desentendimento entre o presidente do conselho de administração e o administrador-executivo”.

O vereador do PSD pediu ao presidente da Câmara Municipal a divulgação da carta de renúncia para conhecer na íntegra os motivos invocados por Daniel Pinto, algo que foi acedido. Sem ter revelado, na altura, pormenores sobre o alegado desentendimento, Domingos Bragança reconhece a existência de um problema estrutural na empresa.

“De acordo com os estatutos, a Vitrus tem um conselho de administração composto por três pessoas, um presidente e dois administradores, sendo que o presidente não é executivo, cargo que é assumido por um administrador. E isso pode provocar conflitos entre os detentores dos cargos”.


Domingos Bragança defende alteração estatutária; Oposição alerta para custos de uma novo gestor público

Segundo Domingos Bragança, a solução para este problema poderá passar por uma alteração dos estatutos, com “o presidente a adquirir competências executivas ou com o director-executivo a deixar de integrar o conselho de administração e começar a receber ordens desse órgão”.

Ainda assim, o vereador do PSD recorda que o modelo que vigora na cúpula administrativa da Vitrus já existe há vários anos e alerta para o aumento dos custos que a contratação de um novo administrador-executivo, que é equiparado a um gestor público, pode representar para os cofres da autarquia. 


“A remuneração de um gestor público é considerável”, refere, destacando que Daniel Pinto continua a integrar os quadros da Tempo Livre, empresa que gere o parque desportivo municipal e que tem a autarquia como principal accionista.

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Tiago Barquinha
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Abel Duarte
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