Av. Central recebe manifestações por George Floyd e pelo fim da precariedade

A Avenida Central, em Braga, será palco, este sábado, de uma manifestação pela morte de George Floyd e de uma outra pelo fim da precariedade laboral. Ambas vão acontecer à mesma hora (17h) e protestar por causas distintas mas por objectivos comuns: “são ambas pertinentes, tendo em conta o actual momento”, diz Marta Dias, uma das participantes de ambas as manifestações.
À RUM, a activista refere que, no caso da manifestação pelo movimento #Blacklivesmatter, “vai ser protestado a falta de direitos humanos e a importância da igualdade de oportunidades de vivências das pessoas negras”, com recurso a “megafone aberto e cartazes com palavras de ordem”.
Pela precariedade, o protesto é promovido pela grupo activista Climáximo e intitula-se “Resgatar o futuro, não o lucro”. Aqui, o alvo da manifestação é a luta por melhores condições no ensino superior e no sector laboral, nomeadamente na cultura. Uma das participantes do protesto é Marta Moreira que assinala as mais de “130 mil pessoas” afectadas pela pandemia e às quais o apoio do Estado não chega.
“São trabalhadores que foram impedidos de trabalhar pelo próprio Governo, com toda a legitimidade é certo, mas que não estão enquadrados ao nível da legislação laboral. São pessoas que não têm garantias na protecção da doença e que de repente, numa emergência causada por uma pandemia, ficam entregues ao ‘deus-dará'”, enfatiza.
A activista assinala que “há um preconceito na sociedade civil, que depois ascende às altas esferas do poder política, em relação a quem trabalha na cultura”. “Se o horário das pessoas não for o de picar o ponto, das 8 às 5, há ideia de que o trabalho e o salário não pode ser regular, e isso é mentira”, reflecte.
