Feirantes regressam sábado ao activo na Alameda do Estádio Municipal

Depois de duas semanas de protestos consecutivos na Praça do Município, os vendedores de vestuário e calçado do Mercado Municipal de Braga conquistaram a primeira vitória e já regressam sábado ao activo.
Por causa da pandemia da covid-19, a retoma da feira de quinta e sábado junto ao Mercado Municipal não foi autorizada naquele local por questões de segurança e de saúde pública. A Câmara Municipal de Braga apresentou como única opção a Alameda do Estádio Municipal de Braga, mas os feirantes contestavam o local escolhido.
O primeiro argumento passava pelo risco de lhes acontecer o que aconteceu aos feirantes da Feira Semanal de Braga: aquando das obras do PEB foram deslocalizados para uma estrada nacional com o compromisso de que voltariam ao parque de estacionamento do Altice FORUM Braga, mas isso nunca se concretizou. Temendo o mesmo fim, os vendedores de vestuário e calçado do Mercado Municipal optaram por exigir um compromisso assinado pelo presidente da CMB.
Ricardo Rio adiou essa possibilidade, dando a garantia, verbal, de que no pós-pandemia voltariam, mas os feirantes não se contentaram com o acordo verbal. Os protestos prosseguiram e durante duas semanas, à quinta-feira e ao sábado de manhã, recusaram montar as suas bancas na Alameda do Estádio Municipal de Braga.
Protesto seguido de protesto, com algumas reuniões pelo meio, os cerca de 100 vendedores conseguiram esta semana o documento assinado por Ricardo Rio. Concluídas as obras e terminada a pandemia, os vendedores têm a garantia de poder voltar ao local onde estavam há mais de cem anos.
O compromisso assumido por Ricardo Rio aos feirantes aconteceu já na segunda-feira e hoje mesmo os vendedores já estariam dispostos a colocar as respectivas bancas na Alameda do Estádio Municipal de Braga, mas a mudança afinal só vai acontecer no sábado de manhã. Há duas semanas, a autarquia delimitou o espaço de cada feirante, mas segundo as normas da DGS, estaria ainda em incumprimento com o distanciamento exigido para garantir a segurança de vendedores e clientes.
Ouvido pela RUM, Helder Oliveira, admitiu que a luta valeu a pena. “Este documento foi a nossa primeira exigência que nos foi sempre recusada. E foi a partir daí que se geraram outras lutas”, desabafa. Na segunda-feira, Ricardo Rio conversou directamente com os feirantes, transmitindo-lhes que iria facultar esse documento. “Aí, os feirantes disseram que aceitavam e que não valia a pena lutar mais, já tínhamos a garantia da CMB e do presidente”, esclareceu.
São mais de 100 feirantes que desde Março não têm qualquer fonte de receita. Os vendedores alertavam para a urgência de retomar a actividade, notando sempre que a Alameda do Estádio Municipal de Braga “não é o local indicado” por se encontrar distante do restante m«Mercado Municipal. Ainda assim, o regresso acontece sábado de manhã, junto ao Estádio Municipal de Braga.
