Número de estudantes internacionais deve diminuir no ano lectivo 2020/2021

O reitor da Universidade admite estar “muito preocupado” com a possível perda de estudantes estrangeiros que procuram a instituição minhota para licenciaturas, mestrados e doutoramentos e que nesta altura representam 14% do total de alunos da academia minhota.

Ontem à noite em entrevista, ao programa da RUM Campus Verbal, Rui Vieira de Castro disse estar “preocupado com o que se pode vir a passar no próximo ano” depois de um “esforço geral das universidades portuguesas nos últimos anos” no que respeita à captação de alunos de grau oriundos de diferentes países do Mundo.

As inscrições para os cursos de Mestrado para o próximo ano lectivo já abriram e segundo o reitor da UMinho “a procura é muito forte, mas é visível alguma quebra dos estudantes estrangeiros”.

Muitas universidades europeias já descartaram programa Erasmus no primeiro semestre do próximo ano lectivo

Em risco, pelo menos no primeiro semestre do próximo ano lectivo, está ainda o programa Erasmus. Muitas universidades europeias já comunicaram que não estão disponíveis para receber nem enviar alunos nestes projectos de intercâmbio. “Há grandes indefinições relativamente ao modo como a mobilidade Erasmus se vai concretizar. A verdade é que estamos a receber comunicações de universidades europeias, parceiras nossas, que já nos comunicaram a intenção de interromperem todos os processos de mobilidade, pelo menos no primeiro semestre”, revela.

As universidades portuguesas aguardam orientações governamentais para decidir sobre a interrupção temporária do programa de mobilidade.

Os alunos internacionais que procuram a UMinho são oriundos sobretudo do Brasil, Ásia e África. Rui Vieira de Castro teme que as consequências económicas da pandemia afectem também a procura futura. É preciso “reagir e explorar novas possibilidades”, deu ainda nota o reitor da academia minhota.