Mercado Municipal de Braga não reabre antes de Dezembro

O Mercado Municipal de Braga não vai abrir portas antes de Dezembro deste ano. O executivo municipal aprovou hoje mais uma prorrogação do prazo da obra. É mais um adiamento, desta vez de 154 dias, atraso que provocou uma acesa discussão na reunião de câmara desta manhã, com troca de acusações entre o vereador do PS, Artur Feio, e o presidente do município, Ricardo Rio. 

Recorde-se que a última previsão para a conclusão da obra e reabertura de portas era a semana do São João de Braga, mas entretanto, com a chegada da pandemia, o presidente da autarquia já tinha admitido à RUM a possibilidade de um “ligeiro atraso”. Certo é que na reunião desta segunda-feira foi aprovado mais um adiamento, desta feita de 154 dias, o que não caiu bem à oposição.


A prorrogação foi aprovada com os votos a favor da coligação Juntos por Braga e a abstenção dos vereadores do PS e da CDU. Carlos Almeida alerta para as consequências negativas para todas as partes. O vereador comunista assinala que “no total, o atraso é de quase um ano”, o que “acarreta consequências para os comerciantes, que continuam a trabalhar num mercado provisário, mas também para o erário público porque também tem custos bastante elevados”. 

Críticas que subiram de tom com o vereador do PS, Artur Feio. O socialista avisa que este pedido “é motivado por 34 trabalhos a mais elencados no relatório” e questiona “como é que uma obra pública, anunciada como obra quase de mandato, consegue ter a meio desta execução 34 trabalhos a mais”. Assinalando que o mercado temporário vai custar mais um milhão de euros que o inicialmente previsto, o vereador recordou a proposta dos socialistas que consistia na execução da obra com ocupação parcial do mercado. Artur Feio acusa Ricardo Rio de “gestão calamitosa”, vincando que “não é o covid-19 que vai atrasar” os trabalhos, mas sim a “ineficácia na gestão”.

“Como é que é possível andarmos continuamente a a aprovar aditamentos de contratos?” questionou.

Na resposta, Ricardo Rio acusou Artur Feio de fazer declarações “disparatadas e irresponsáveis”, assinalando que a opção do mercado provisório foi “política”. “Quisémos dar aos vendedores todas as condições. O mercado temporário tem melhores condições do que metade dos mercados pelo país fora. Nenhum comerciante está propriamente muito desagradado”, afirma. O autarca assinala que “é normal uma obra com esta especificidade ter trabalhos a mais”. 

Artur Feio voltou a usar da palavra. Enquanto engenheiro de profissão disse estar “perfeitamente à vontade para discutir a viabilidade da proposta que o PS apresentou”. O vereador socialista foi mais longe e disse que Ricardo Rio “de construção não percebe nada”, referindo que os trabalhos a mais hoje anunciados “não são surpresa, mas sim falhas de projecto”, até porque “as surpresas foram apresentadas e votadas noutra proposta anterior”.

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Elsa Moura
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