“Portugal respondeu bem à pandemia e é visto como destino seguro”

Portugal pode ser um dos destinos mais procurados no período pós-pandemia. A expectativa foi assinalada esta sexta-feira pela secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e pelo presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, ambos integrantes do primeiro painel do Fórum do Turismo, iniciativa promovida pela Câmara de Braga em parceria com a Associação Comercial de Braga.


A iniciativa, que decorreu por videochamada, quis discutir os principais desafios que o sector turístico vai enfrentar nos próximos tempos e a expectativa deixada foi positiva. Rita Marques enfatizou que Portugal tem sido “reconhecido internacionalmente à custa da boa resposta no que toca à saúde pública” e será “preciso explorar essa oportunidade”, acrescentando que o país é “visto como um destino turístico seguro para futuras viagens”.

A governante, que perspectiva um crescimento do turismo de natureza, alertou, no entanto, que a situação actual depende da reabertura de fronteiras e do espaço aéreo, revelando que as novas condições com as quais os operadores aéreos devem actuar deverão ser conhecidas no próximo dia 13. “A partir daí, os operadores vão começar a seleccionar as suas rotas e espero que Portugal esteja na linha da frente para a angariação dessas rotas”, assinalou.

Estadias de curta-duração em Braga vão continuar, diz líder da CTP

O líder da CTP mostrou-se igualmente optimista quanto ao regresso de visitantes ao país. O responsável reconheceu que este e o próximo ano serão pouco procurados mas que 2022 será “um óptimo ano” e até deu o exemplo da cidade de Braga para defender a sua ideia.


“Quando a vacina chegar, acham que o city break (modalidade de turismo de estadia de curta-duração para visitar várias atracções de uma cidade) vai acabar numa cidade como Braga? Nem pensar”, apontou, acrescentando o turismo de golfe no Algarve e as praias nacionais como outras atractividades únicas para se visitar Portugal.


Rita Marques subscreveu a opinião de Francisco Calheiros e indicou três ideias fundamentais para o sector regressar gradualmente à normalidade. “É preciso confiança, criatividade e solidariedade. No caso da confiança, há que instigar segurança para o sector abrir; na criatividade, é preciso incitar à inovação, como novas formas de se fazer o check-in ou o buffet; e há que ser solidário: os portugueses têm de fazer férias cá dentro”.


O repto para o turismo dentro de portas no curto-prazo foi também defendido pelo presidente da CTP, que lembrou o impacto de 30% do mercado nacional nas dormidas registadas o ano passado no país. 

Mais de metade das receitas vão cair este ano

O futuro pode ser visto com relativo optimismo mas o presente é dramático para o sector do turismo. Rita Marques adiantou que a actividade integra mais de 400 mil trabalhadores e admitiu que o desemprego vai afectar o sector. 


Em matéria económica, a secretária de Estado prevê um “choque de receitas um pouco superior a 52%” e indicou, dentro do turismo, os sectores da restauração e da organização de eventos como os mais afectados. 


O impacto inevitável da pandemia no turismo foi subscrito por Francisco Calheiros que sugeriu, para mitigar mais repercussões no sector, o prolongamento do lay-off simplicado para empresas além de Junho e um “mega-investimento em campanhas de promoção online”.


No longo-prazo, o líder da CTP defende a criação de um ministério do Turismo e a recuperação do fundo de turismo de capital de risco.

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Pedro Magalhães
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