Aplicação de telemóvel para rastrear Covid-19 terá ADN UMinho

Ainda não tem nome, nem data de lançamento, mas terá o carimbo da UMinho. Trata-se de uma aplicação, que vai permitir rastrear os contágios de Covid-19 através do telefone.

Ainda em fase de testes e em constante evolução, a plataforma está a ser desenvolvida pelo INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, que conta com a colaboração do departamento de informática da UMinho.

A liderar o projecto está o docente da academia minhota, José Orlando Pereira, que explicou à RUM que o objectivo é que a app auxilie o Serviço Nacional de Saúde (SNS), permitindo “muito rapidamente que descubramos se tivemos em contacto com alguém” infectado com a Covid-19.

“O telemóvel periodicamente, por exemplo de hora a hora, inventa uma chave, ou seja, uns números à sorte,” começou por explicar o docente. Esse mesmo código vai sendo partilhado com outros dispositivos na rua, a 2, 5 ou 10 metros, através de Bluetooth, sendo que não partilha qualquer dado da pessoa, “nem nome, nem número de telemóvel ou localização geográfica”. “Os telemóveis de outras pessoas vão registando essa chave” e, mais tarde, na eventualidade da pessoa testar positivo, “o telemóvel vai partilhar num site público a chave que andou a difundir”. Entretanto, os telemóveis das outras pessoas “vão, periodicamente, a esse site” e vão identificar essa chave, transmitindo a mensagem de que esteve “em contacto com alguém infectado”.

A aplicação prevê a ligação ao SNS em duas circunstâncias: “quando alguém testa positivo precisa de autorização de um profissional de saúde para publicar essa informação; quando a aplicação avisar que a pessoa esteve em contacto com alguém infectado e que deve procurar ajuda essa informação terá que dirigir o utilizador para uma porta de entrada no sistema de saúde”. Estas ligações estão ainda a ser estudadas, mas José Orlando Pereira garante que não será possível “mentir” e usar a aplicação para “assustar” ou criar pânico, com “falsos positivos”. 


A aplicação está ainda em “evolução”, não sendo, por enquanto, previsível uma data para o seu lançamento.

O uso da aplicação é voluntário e cumpre as leis europeias e nacionais de protecção de dados.

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Liliana Oliveira
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