412 pessoas infectadas com Covid-19 em lares e IPSS de Braga

Mais de metade dos utentes e profissionais dos lares e IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga já foi testada à Covid-19. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo presidente da Câmara Municipal durante uma visita realizada à Unidade de Rastreio do Carandá, registaram-se até ao momento 412 casos de infecção.
No concelho minhoto existem 32 instituições deste tipo, que albergam uma população a rondar as 3 mil pessoas. Atendendo aos número fornecidos, já foram analisadas mais de 1.800 amostras, sendo que 273 utentes e 139 profissionais testaram positivo.
À RUM, Ricardo Rio esclareceu que “os testes não começaram a ser feitos de forma sistemática, instituição a instituição” e dá o exemplo do que aconteceu com os funcionários. “Estávamos a testar apenas aqueles que entravam no momento da mudança dos turnos. Enquanto os turnos não se revezassem completamente, não tínhamos toda a instituição testada”, explica o modelo utilizado.
Em paralelo, o autarca refere que o principal foco do processo, que começou há quase um mês, foi “as instituições em que se registaram primeiras ocorrências ou em que existiam casos suspeitos”. Lembrando a dificuldade inicial na obtenção de testes, o presidente da Câmara Municipal refere que agora “já há mais de 20 instituições com testes realizados, algumas em que todos os utentes e funcionários já foram avaliados, e há outras em que não foi feito nenhum teste”.
De qualquer forma, Ricardo Rio mostra-se convicto de que “no final desta semana ou no início da próxima, no máximo, todos os utentes e funcionários das instituições do concelho terão sido testados pelo menos uma vez”. “Como agora houve uma iniciativa de âmbito governamental para acelerar a realização de testes a funcionários, em parceria com a Cruz Vermelha, vamos canalizar as outras fontes que estamos a contratar para realizar testes aos utentes que ainda faltam”, acrescenta,
Dos cerca de 1.800 testes realizados até agora, entre 1.300 e 1.400 foram financiados pela Câmara Municipal e os restantes pela Segurança Social – no caso de alguns funcionários – e pelo Serviço Nacional de Saúde – situações de emergência, em locais em que se verificaram focos de infecção de maior volume. Por parte da autarquia, de acordo com Ricardo Rio, o investimento total nesta matéria será na ordem dos 250 mil euros.
