‘Camião da Esperança’ percorre o país a realizar testes à Covid-19

O ‘Camião da Esperança’ vai para a estrada no sábado, com Vila Real a ser a primeira paragem. A iniciativa, desenvolvida por várias entidades, apresenta-se como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde, no que diz respeito à realização de testes de diagnóstico à Covid-19.
A Mundipharma Portugal, que actua na área do medicamento, foi uma das empresas que aderiu a esta rede. O director clínico Alexandre Marques explica que o objectivo da iniciativa é “aumentar o número de testes realizados, principalmente nas zonas mais carenciadas: junto da população com menor mobilidade e onde há maior concentração de casos e de grupos de risco”.
Depois de Vila Real, onde vai ficar dois dias, o ‘Camião da Esperança’ continua a rota em direcção às localidades de Chaves, na segunda-feira, e de Mirandela, na terça-feira. Os locais seguintes ainda não foram totalmente definidos, mas o responsável médico prevê que o projecto esteja na estrada durante um mês.
“Já falamos com a ARS Norte e temos vários municípios identificados. Na ARS Centro e no Alentejo temos também alguns em perspectiva”, acrescenta, salientando que será estabelecida “uma trajectória que corresponda a necessidades locais”.
A iniciativa que conta com investimento privado vai ter a colaboração da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública e da Administração Central do Sistema de Saúde. O director clínico da Mundipharma é claro quanto ao papel que o ‘Camião da Esperança’ pretende ter a nível nacional.
Referindo que “não é mais um projecto que vai aumentar o número de testes de forma completamente
desadequada da realidade”, Alexandre Marques defende que “a articulação é essencial”. “Queremos articular com municípios, administrações regionais, centros de saúde e hospitais, entre outros, para tentarmos facilitar-lhes um pouco a vida”, afirma.
‘Camião da Esperança’ tem capacidade para realizar cerca de 100 testes por dia
A equipa que vai andar no camião é constituída por quatro médicos, quatro enfermeiros, dois administrativos e um motorista. O responsável da Multipharma explica que há duas formas de as pessoas serem encaminhadas para o ponto móvel onde serão realizados os testes à Covid-19: através da administração regional, em que é facultada uma lista com as pessoas sinalizadas ao ‘Camião da Esperança’, que depois procede ao agendamento, ou através dos municípios, que reportam à organização a existência de uma determinada instituição, como, por exemplo, um lar, em que é necessário fazer a despistagem.
A capacidade rondará os 100 testes por dia, sendo que esse número pode variar consoante as solicitações de cada concelho. Alexandre Marques garante que o processo utilizado será similar ao que acontece no Serviço Nacional de Saúde.
“Contamos com a Unilabs na equipa. Temos um centro de colheita, onde as amostras são armazenadas, e depois a Unilabs encarrega-se de fazer o transporte para os seus laboratórios e o processamento de análise. Posteriormente, os dados são preenchidos nas plataformas necessárias e comunicados ao doente e à respectiva instituição de saúde”, explica.
Para além da Mundipharma e da Unilabs, o ‘Camião da Esperança conta também com a GALP, a TVI, a Rádio Comercial, a GlobalSport, a KPMG e a Planetiers como parceiros.
