Quase metade dos infectados em Braga são utentes e funcionários de lares

Quase metade do número de infectados no concelho de Braga corresponde a utentes e profissionais das instituições de acolhimento de idosos. O número foi adiantado à RUM pelo presidente da autarquia, Ricardo Rio.

Segundo os dados da DGS apresentados esta terça-feira, o concelho de Braga contabilizava 647 casos confirmados de Covid-19. Ricardo Rio assegura que já foi ultrapassada a barreira dos 700 infectados.

Numa entrevista que vai para o ar na noite desta terça-feira, o autarca insiste que os lares de idosos têm que ser uma prioridade, até pelo número de infectados, que se aproxima já dos 350 só neste concelho.

“Já é quase 50% a percentagem de situações de infecção que estão neste total – mais de 700 casos confirmados – 

e que correspondem ou a utentes, ou a profissionais de lares de terceira idade no concelho”, revela. Além dos testes realizados pelo SNS, o município de Braga já financiou 1300 testes em lares. O autarca defende “medidas mais aceleradas de realização de testes nestas instituições, e de medidas mais profilácticas do ponto de vista da gestão de recursos humanos”.

Ricardo Rio considera também que o número de pessoas infectadas no país é substancialmente superior ao que é divulgado pela DG, mas sublinha que a discussão central não deve passar por aí. “Para termos clara consciência do número de infectados teríamos que ter realizado muito mais testes”, diz. Na óptica do autarca “não é importante entrar tanto na discussão de saber que os números da DGS são diferentes dos locais”, reiterando que “o mais importante é que as câmaras municipais tenham acesso à informação” de forma a “tomar medidas e desencadear iniciativas que podem acorrer a necessidades específicas”.

UNIVERSO DE UTENTES E FUNCIONÁRIOS DE LARES RONDA AS 2500 PESSOAS

Os 1300 testes financiados pelo Município de Braga foram realizados a utentes e profissionais, nomeadamente novas equipas que foram entrando nas instituições. No concelho serão mais de 2500 pessoas a residir e a trabalhar nestas insituições. Por isso, na opinião do autarca, o caminho ainda é longo daí a reivindicação de esforços “no sentido de acelerar o mais possível a universalização do rastreio nestas instituições para evitar situações limite”.

Nesta altura, Braga terá “uma dezena de instituições com casos positivos”, mas por enquanto as unidades de retaguarda para casos negativos continuam vazias.

No país, de acordo com as declarações de hoje da Directora Geral da Saúde, Graça Freitas, já morreram perto de duzentas pessoas que viviam em instituições.

A entrevista vai para o ar na noite desta terça-feira. Saúde, economia, educação e cultura são algumas das áreas abordadas no programa Campus Verbal, para ouvir a partir das 20h10 nos 97.5FM ou na emissão online.

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Elsa Moura
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