Ricardo Rio alega “claríssima insuficiência de testes” no concelho

Ricardo Rio alertou, esta segunda-feira, para a “claríssima insuficiência de testes para realizar no concelho de Braga”. O presidente da autarquia fala na “deturpação dos dados oficiais face àquilo que é a realidade em termos do número de infectados, na medida em que existe uma enormíssima insuficiência de testes disponíveis para triar a população que possa estar infectada”. “Pessoas com prescrições feitas pelo Serviço Nacional de Saúde estão a fazer agendamentos para depois do dia 20 de Abril, é quase uma barbaridade face à necessidade de prevenção e de evitar contaminação”, frisou Rio.

O autarca esclareceu, no entanto, que têm sido feitos “intensos esforços para encontrar outras fontes para a concretização de testes em Braga”, nomeadamente junto de outros laboratórios, além da Unilabs. “Não há materiais e não há condições para a realização de mais testes”, apontou.

O presidente da autarquia lembrou a situação dos lares no concelho, onde se contam “60 utentes e 40 funcionários infectados”. “Em mais de duas mil pessoas para testar, foram realizados cerca de 400 testes, porque estamos diariamente a fazer negociação e a tentar encaixar no centro de rastreio e nos hospitais, mas não há testes suficientes”, frisou Rio, lembrando que dos cerca de “400 infectados” contabilizados em Braga,até hoje, cerca de “100 estão concentrados nos lares, e dos 20 óbitos, metade estão ligados a estas estruturas”. “O Governo ia generalizar os testes desenvolvidos pelo Instituto de Medicina Molecular, até hoje não tive nenhum contacto do Estado central”, afirmou.

Para o vereador socialista, Artur Feio, “a lógica de testar nos lares aqueles que estão com aparentes patologias não parece uma medida efectiva, dado o risco de contaminação” a que estão sujeitas essas pessoas. O PS mostrou ainda interesse em “perceber a necessidade e carência de pessoal auxiliar, para que se possa criar um bolsa de emprego”.

Já o vereador da CDU considera que “o município tem procurado responder da forma possível” à realização de testes nos lares, mas, alerta, “devem ser mantidos esforços”.

“Os primeiros responsáveis pela situação dentro dos lares é a própria instituição e, muitas vezes, está a ser deixada de lado a responsabilidade que a Segurança Social tem nesta matéria. Não devemos incorrer no risco de apontar responsabilidades a uma autarquia por situações que não são da sua competência directa”, frisou Carlos Almeida.

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Liliana Oliveira
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