“Empresários de Guimarães estão apreensivos quanto ao futuro”

Os empresários de Guimarães estão “apreensivos e preocupados” quanto ao futuro das suas empresas em virtude da crise causada pelo surto da Covid-19. É este o balanço retirado pelo presidente do gabinete de crise vimaranense, António Cunha, que ontem esteve a ouvir 30 empresários do concelho.
O gabinete de crise, criado pelo município vimaranense para apoiar a economia local, reuniu-se ontem pela primeira vez “num processo de auscultação”, diz à RUM António Cunha, e pretenderá, nos próximos encontros, “preparar o futuro e delinear uma estratégia”. A estratégia passa por apoiar as empresas através da captação de fundos públicos, que podem ser de índole nacional ou municipal.
A criação do gabinete de crise surge num momento em que muitas empresas no país pensam em fechar portas, paradigma ao qual Guimarães não foge.
“Algumas empresas não vão resistir. Se os números serão significativos ou não, ainda é cedo dizê-lo. A análise da crise é feita diariamente e só dentro de duas semanas haverá uma ideia muito mais clara do impacto”, explica António Cunha.
O responsável pelo organismo entende que os sectores do turismo e da restauração, por estarem dependentes da sazonalidade – páscoa e verão -, serão os que mais vão sofrer com a crise pandémica.
*Com Liliana Oliveira
