Terreno do Bairro do Picoto pode ser vendido “dentro de dias”, diz Arcebispo
O Arcebispo de Braga afirma que dentro de dias estarão reunidas as condições para concretização da venda do terreno do Bairro do Picoto à Câmara Municipal de Braga.
O assunto levantou várias dúvidas, com a anterior gestão socialista a assegurar que o terreno tinha sido cedido pela Arquidiocese e a Igreja a assumir uma versão diferente dos factos. Entretanto, a coligação Juntos por Braga comprometeu-se a adquirir o terreno, avaliado pela Arquidiocese em 200 mil euros, mas até agora a compra não se concretizou.
Em declarações à RUM, D. Jorge Ortiga apresentou a versão dos factos, recordando que a CMB “pediu para que não se levantassem problemas” sobre a propriedade do terreno na altura em que construiu o bairro social, mas reconhecendo que “o lugar onde foi construído o bairro dos ciganos é da Igreja”.
O problema sobre a propriedade do terreno levanta-se no momento em que os serviços da autarquia recolhiam a documentação necessária para uma eventual candidatura a um programa de apoio à reabilitação de bairros sociais. Sem qualquer documento que comprove a propriedade do terreno por parte da autarquia, a candidatura não pode ser submetida. Em conversações com a Arquidiocese a mesma apresentou a sua versão dos factos, reconhecendo que estaria disposta a vender o terreno em causa por 200 mil euros, valor aceite pelo município. Apesar disso, o contrato ainda não foi formalizado.
O Arcebispo de Braga assumiu esse mesmo atraso com “algumas dificuldades na legalização do terreno”, ainda que aponte para breve a conclusão do processo. “Tenho insistido com as pessoas que estão a trabalhar esse assunto, particularmente um solicitador, e espero que dentro de dias esse assunto esteja resolvido”, esclareceu.
