Estatuto do estudante atleta marca 1º dia do Encontro Nacional de Serviços Desportivos

Já arrancou o sexto Encontro Nacional de Serviços Desportivos na Universidade do Minho. A sessão de abertura decorreu ao início desta segunda-feira, na Escola de Economia e Gestão, no campus de Gualtar.
O Director do Departamento de Desporto e Cultura dos Serviços de Acção Social da UMinho (SASUM), Carlos Videira, realça que um dos maiores problemas com os quais as academia são confrontadas passa pela transição dos estudantes do secundário de um sistema obrigatório para voluntário. Ora, o responsável frisa que é essencial “incentivar os alunos a continuar essa pratica”, quer seja devido à necessidade de adoptar estilos de vida saudáveis, quer pela aquisição de competências transversais que podem ser fulcrais no mercado de trabalho.
Um dos grandes destaques durante este encontro, que acontece pela primeira vez na UMinho, passa pela discussão do novo estatuto do atleta estudantes que foi publicado a 24 de Abril de 2019. Carlos Videira vê o regulamento como “uma alavanca”, uma vez que abrange não só os atletas universitários. Neste momento passa a legislar também aos atletas federados e provenientes do desporto escolar. Para o responsável o próximo passo terá de ser feito ao nível da promoção do desporto como prática informal.
Nesse sentido os SASUM estão de parabéns. No último ano, fruto do crescente investimento em novos equipamentos, registaram 7 mil utentes e 160 mil utilizações nos complexos desportivos da academia minhota. Para 2020 a aposta será em continuar a elevar o nível de satisfação dos utilizadores, para além de chegar a novos públicos.
Carlos Videira anunciou aos microfones da universitária que, este ano, o Troféu do Reitor vai arrancar já em Fevereiro e irá ter uma duração mais alargada.
Recorde-se que são mais de 50 os participantes oriundos do Instituto Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico do Porto, Universidade de Aveiro, Algarve, Coimbra, Porto, Évora, Beira Interior, Nova de Lisboa, UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e uma Delegação da Federação do Desporto Universitário.
UMinho pode vir a desenvolver menus mais saudáveis.
Esta foi uma ideia que o pró-reitor para a qualidade de vida e infraestruturas, Paulo Cruz, referiu à RUM. Segundo o responsável a área do desporto é aquela em que se “nota um maior sentimento de equipa” dentro da academia minhota. Actualmente, a UMinho inserida em redes de trabalho em que o objectivo passa por partilhar conhecimentos. Desenvolver novos menus nas cantinas pode ser o futuro, assim como encontrar melhores procedimentos de treino.
Já a vice-presidente da Câmara Municipal de Braga declara que a sociedade está a falhar no que toca à implementação da prática desportiva. Sameiro Araújo, que também fez parte da sessão de abertura do evento, defende que deveriam ser implementados “hábitos de prática desportiva desde o jardim de infância”. Para a vice-presidente esta é a forma mais eficaz de tornar os cidadãos mais saudáveis e felizes. Recorde-se que Portugal é um dos países com maior taxa de obesidade infantil.
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior está aberta a debater o desporto universitário.
“A implementação do Estatuto de Estudante Atleta nas Instituições de Ensino Superior” foi o mote do primeiro dia do Encontro Nacional de Serviços Desportivos na Universidade do Minho. Nuno Ferreira, adjunto do secretário de estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, deixou a garantia de que a secretária está disponível para ouvir todas as “preocupações e dúvidas” em relação ao novo estatuto do atleta estudante.
O representante convidou os interessados a marcar uma reunião para “debater em sede de ministério os temas que desejarem ver esclarecidos em prol do desporto universitário”.
Ora, as sugestões não tardaram em aparecer. O presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), André Reis, mostrou-se “preocupado” devido a implementação, em algumas universidades, de taxas de inscrição em exames de época especial. Os valores rondam os 15 a 30 euros, no entanto o presidente afirma que “nenhum estudante do ensino superior deve ficar privado dos exames por não ter disponibilidade financeira para o efeito”.
Além disso, André Reis expôs outro receio. O presidente considera que o esforço dos estudantes atletas que “não deixam cadeiras para trás” deve ser valorizado. Logo, defende que todos os estudantes atletas possam inscrever-se em exames com a finalidade de melhorar notas.
