93% das mortes por covid-19 ocorreram em hospitais

A diretora-geral da Saúde revelou esta quarta-feira que 93 por cento das mortes por Covid-19 ocorreram em meio hospitalar, quatro por cento em lares e três por cento em domicílio.


Na habitual conferência de imprensa Graça Freitas garantiu que “todos os mortos estão a ser contabilizados”, explicando que os certificados de óbito são eletrónicos e, portanto, o acesso ao número é mais fácil.


“Independentemente do local de ocorrência do óbito, esse óbito é registado”, assegurou Graça Freitas. “Não estamos a deixar escapar ninguém cujo médico tenha escrito a palavra ‘Covid’ no certificado de óbito”, sublinhou.

A diretora-geral da Saúde referiu ainda que “em ano normais sem Covid-19, cerca de um terço das pessoas morre fora do hospital”.

A Directora-geral de saúde aproveitou a conferência de imprensa desta manhã para apelar aos pais que não deixem de vacinar os seus filhos. “Não deixe de vacinar. É seguro ir ao centro de saúde proteger as pessoas contra doenças graves”, alertou.

Já o Secretário de estado da Saúde avisou que “paulatinamente é preciso continuar a responder às outras doenças para lá do covid-19”.

O governante reconhece que houve uma diminuição geral das consultas (excepto nos centros de saúde) e nas cirurgias e que tem agora de ser tudo reprogramando, de forma progressiva e controlada, com prioridade para determinados doentes e patologias.

“Podemos ter de recorrer a programas adicionais”, admite, recorrendo até a privados ou sector social de saúde.

Nas informações divulgadas ao início da tarde para lá dos números das últimas 24 horas, Sales informou que a SNS 24 está a receber 7 mil chamadas por dia com um tempo médio de espera para atendimento de “menos de meio minuto”.

Recordando novamente os episódios de violência doméstica, desde o início de Março o Estado colocou em marcha um plano de prevenção e combate à violência doméstica em contexto de covid-19. Foram contratualizadas mais casas de abrigo que disponibilizam mais de 100 vagas. Em Abril mais de cinquenta pessoas foram acolhidas neste contexto.

Em Portugal o decréscimo de queixas foi de 39% comparativamente ao mesmo período do ano passado.

Daniela Machado, do programa nacional de prevenção de violência doméstica, marcou presença na conferência de imprensa desta quarta-feira na Direcção Geral de Saúde. A responsável explicou que o reforço do SNS nesta matéria criou respostas com equipas multidisciplinares. 

452 equipas no país estão habilitadas a ajudar, reforçando a vigilância junto das populações. Está em curso uma orientação para a abordagem a situações de violência doméstica. As campanhas de sensibilização são também uma resposta.

Para os maus-tratos da infância está em curso uma campanha que alerta para os riscos da violência online.


Medidas de desconfinamento

 “Vamos ter de monitorizar muito bem o efeito do desconfinamento”, diz Graça Freitas que salienta que as medidas confinamento levaram a que “não só a onda fosse aplanada, como tenha uma tendência descendente”.


Com o levantamento destas medidas, a diretora-geral da Saúde sublinha que será necessário “monitorizar muito bem o efeito do desconfinamento porque vai levar a um maior contacto entre as pessoas”.

“Vamos ter que ter uma boa capacidade de monitorizar bem a evolução da epidemia quando levantarmos medidas, coisa que já fazemos”, concluiu.

Portugal com 24.505 infectados e 973 mortes

O boletim epidemiológico da DGS revela que morreram 25 pessoas nas últimas 24 horas. Em relação aos casos de infeção foram registados mais 183. Já recuperam da doença 1.470 pessoas.


Estão internados 980 pessoas, dos quais 169 em Unidades de Cuidados Intensivos. 

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Elsa Moura
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