4ª edição dos encontros da Comunidade de Leitores está confirmada

Está garantida a 4ª edição dos encontros da Comunidade de Leitores da Rede de Casas do Conhecimento. O programa foi apresentado no fecho da 16ª sessão que foi promovida pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, que apresentou a obra “Frente ao contágio”, de Paolo Giordano.

Esta nova série de encontros irá decorrer entre Março e Junho, sempre nas terceiras quartas-feiras de cada mês às 17h30.

O “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago será a primeira obra em destaque, segundo a responsável pela iniciativa, Cláudia Amaro. Segue-se “O Hobbit”, de J. R. R. Tolkien, “Memórias de Josefina”, de Marlene Castro e “Fazer Pela Vida, um retrato de Fernando Pessoa”, de António Mega Ferreira. 


“Frente de Contágio”, um livro que apela a reflexões urgentes.


Esta obra de Paolo Giordano, relata os primeiros meses de pandemia em Itália. O livro é composto por 27 reflexões do autor que são sempre motivadas pela propagação da covid-19. O medo foi uma das reações mais exploradas pelo autor. Na sua apresentação, o reitor Rui Vieira de Castro partilhou excertos e pensamentos próprios sobre os desabafos do italiano.

O autor sente medo não só do que pode vir a acontecer, mas também “medo que o medo passe”. “É quase impossível não recordar a expressão de muitas vozes que apontavam, provavelmente de uma forma algo ingénua, no sentido de uma transformação radical do nosso modo de ser e viver”, refere o responsável máximo da academia minhota.

O autor vai ao cerne da questão, frisando que a pandemia pode bem ser o resultado da exploração excessiva dos recursos naturais da terra e das alterações climáticas, visto que a “desflorestação aproximou habitats que não previam a nossa presença (humanos). A extinção acelerada de muitas espécies animais força as bactérias a mudarem de casa. E que terreno poderá ser melhor que nós?”, uma pergunta, no entender de Rui Vieira de Castro, “terrível”, mas necessária.

Na avaliação da obra o reitor defendeu que este é um livro que “resistiu ao tempo” e que acaba por apelar à reflexão. Nas entrelinhas fica ainda a comparação entre o desconhecimento científico, no século XXI, sobre o novo coronavírus e, em 1982, sobre o primeiro caso de Sida em Itália. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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