11 das 16 famílias de refugiados vão ficar em Braga

11 das 16 famílias de refugiados ucranianos que chegaram a Braga, esta madrugada, vão permanecer na cidade dos arcebispos. A informação foi avançada à RUM pelo presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, que adianta que assim que este processo esteja finalizado, estas pessoas poderão ser encaminhadas para famílias de acolhimento, moradias e outro género de espaços disponibilizados por particulares e empresas.
De acordo com o edil, as cinco famílias que pretendem rumar, em breve, para outros concelhos portugueses têm à sua espera familiares.
Quando questionado pela Universitária sobre as questões escolares, visto que mais de uma dezena dos refugiados são crianças e jovens com menos de 12 anos, o autarca declarou que já deram início a um estudo com os Agrupamentos de Escolas da região, de modo a definir uma estratégia. Recorde-se que a maioria não fala nem português nem inglês. “A primeira necessidade será garantir o acompanhamento linguístico dessas famílias”, refere. Numa primeira fase, está previsto o acompanhamento por voluntários ucranianos, de modo a facilitar a integração destes adultos e crianças.
Bracarenses disponibilizam centenas de postos de trabalho.
Além de alimentos e habitação, a solidariedade dos bracarenses também se alarga à oferta de emprego. Segundo Ricardo Rio as ofertas vão desde a área do turismo, à construção civil, agricultura, tecnologia, desporto, entre outros.
Neste momento não está prevista a saída de um novo autocarro rumo aos países que fazem fronteira com a Ucrânia, contudo, o autarca bracarense frisa que nas próximas semanas deverão chegar à cidade bimilenar mais refugiados, visto que são vários os cidadãos que estão a organizar viagens em “carrinhas de nove lugares ou em veículos particulares”. O presidente declara que não está fora de questão uma nova iniciativa conjunta entre a autarquia e parceiros sociais com o intuito de possibilitar um novo começo aos cidadãos que fogem da invasão Russa à Ucrânia.
Processo de legalização tem início esta segunda-feira.
O Município de Braga vai dar início, esta segunda-feira, ao processo de legalização dos 44 refugiados ucranianos que chegaram à cidade dos arcebispos. Durante o dia de hoje, o grupo deverá também ser testado para a covid-19.
Recorde-se que o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que contempla um conjunto de requisitos simplificados para a obtenção de proteção temporária, para refugiados, devido à guerra que se vive na Ucrânia.
Segundo a ministra da Justiça e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, o regime vai ter a duração inicial de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses, “desde que se mantenham as condições que impeçam o regresso das pessoas” à Ucrânia.
