Academia 26.01.2018 17H18
Teses e bares, o que têm em comum?
O PubhD está a comemorar 2 anos de existência no norte. Num ambiente descontraído sem as regras de uma sala de aula, cientistas, investigadores, estudantes e curiosos juntaram-se, no Barhaus, para a 25ª edição.
Depois de uma viagem entre Notthingham, Reino Unido e Lisboa, o PubhD aterrou na Universidade do Minho. Num ambiente de amigos "à volta de uns copos”, é aqui que os investigadores, sem recurso a powerpoint, apresentam as suas teses. Pelos bares de Braga e Guimarães já passaram 51 investigadores oriundos de Portugal e do estrangeiro.
Daniel Ribeiro, organizador do projecto salienta que esta iniciativa passa por mostrar aos cidadãos que “a ciência é para todos. Por isso, nada melhor que transformar este tema num género de conversa de amigos” garante.
A professora Alexandra Nobre, também organizadora do PubhD UMinho, confessa que os primeiros tempos foram conturbados. “Tivemos um mês em que quase não tivemos sessão porque não conseguíamos oradores. O que é estranho porque estamos ligados a uma academia em que se faz muita investigação”, confessou.
A noite desta quinta-feira foi pintada por dois temas totalmente distintos. Daniela Costa, investigadora em Psicologia Social e Tomada de Decisão na UMinho, expôs à plateia um tema bem familiar, injustiças. Enquanto Paula Ramos Nogueira, investigadora em História das Ciências e Educação Científica na Universidade de Coimbra, se debruçou sobre a sua terra natal. Quais as diferenças, em 180 anos, no sector têxtil em Guimarães e como é que a tecnologia afectou esta área.
Para além dos vários espetadores e oradores, a sala do Barhaus, contou com a presença da mascote do PubhD, o GeniUM. Os organizadores explicaram que a ideia desta personagem passa por “desmistificar a ideia de que os cientistas são malucos de cabelo em pé e maus. No fundo, são pessoas normais só que têm um trabalho mais fascinante que o normal”.
Sendo uma comemoração, a noite ficou marcada pelo apagar das duas velas da iniciativa.