A Segurança Social abriu um inquérito à actuação do actual director distrital, Rui Barreira. Em causa, uma questão enviada ao governo pelo PCP. No documento, os comunistas questionam o Ministério do Trabalho e da Segurança Social sobre que instituições solicitaram acordos de cooperação àquele centro distrital, quantos foram aprovados, quantos foram rejeitados e quais os critérios. 

O PCP disse, ainda, que teve conhecimento que o dirigente "tem participado em iniciativas de cariz partidário, inseridas nas suas atividades autárquicas, junto de Instituições Particulares de Solidariedade Social", o que pode ser "confundido nos seus papéis". Fonte governamental disse à Lusa que o Conselho Diretivo do Instituto de Segurança Social "deliberou, em reunião que teve lugar no dia 24 de fevereiro, abrir um processo de inquérito com base nos factos relatados”. 

Recorde-se que também o Bloco de Esquerda já pediu uma renovação na direcção do Centro Regional da Segurança Social de Braga. À RUM, Pedro Soares, disse, há alguns dias, que, nos últimos anos, desde que Rui Barreira tomou posse, "a política social do distrito tem sido prejudicada". "Uma política social voltada para a privatização dos Serviços da Segurança Social. Lembro que , no ano passado, foram afastados dezenas de técnicos o que acabou por desproteger serviços estratégicos e muito sensíveis, como o de apoio às crianças fragilizadas", disse. 

Segundo as últimas informações, Rui Barreira é o responsável a quem o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, se referiu na comissão de Orçamento e Finanças quando afirmou que estava há três meses "à espera da demissão" de um dirigente da Segurança Social que em 2013 garantiu que não ficaria "nem mais um dia" na função quando o Governo fosse liderado pelo PS. A RUM tentou entrar em contacto com Rui Barreira mas, até ao momento, não foi possível falar com o responsável pelo centro distrital de braga da Segurança Social.

(em actualização)