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Gestor da Central de Camionagem de Braga e vice-presidente do município (FOTO: ELSA MOURA/RUM)            
Elsa Moura

Regional 21.09.2016 12H31

Requalificação da Central de Camionagem continua em estudo

Escrito por Elsa Moura
Edifício em Braga foi aberto em 1976, é actualmente gerido pela Transdev, mas nesta altura desconhece-se a titularidade da gestão do espaço.

Continua sem data definida a requalificação da Central de Camionagem de Braga. A necessidade de uma intervenção profunda foi hoje reafirmada pela administração da Transdev, empresa que gere o espaço por onde passam cerca de sete mil passageiros por dia.

Esta manhã, o Gestor da Central de Camionagem de Braga, Amândio Oliveira, foi o convidado dos Transportes Urbanos na iniciativa “Pequeno Almoço com...” e para além de contar a história deste espaço desde 1976, apresentou os números relativos a empresas e serviços prestados para além da necessidade de requalificação profunda de todo o edifício que foi mandado construir pelo Estado português, mas desde 1976 foi passando por diferentes gestões. 

A gestão foi atribuída à Rodoviária Nacional em 1976 e foi sendo sucessivamente prorrogada. Por isso mesmo é que a Transdev e a autarquia estudam agora a titularidade que pode estar mesmo na câmara.  Em 1992 a privatização da Rodoviária Nacional levou à entrada de novos accionistas.  E foi também a partir daí que surgiram pequenas lojas que substituíram lugares que eram dedicados aos passageiros. Desde 2010 a gestão tem procurado recuperar esses espaços e "retirar o comércio que não faz qualquer sentido", explicou o gestor, já olhando para a requalificação integral do edifício. O processo "está em curso" e estima-se num prazo curto retirar por completo esse mesmo comércio.



Requalificação da Central de Camionagem de Braga continua sem data definida


No final da intervenção e em declarações aos jornalistas, Amândio Oliveira, gestor da Central de Camionagem recusou avançar com uma data para a requalificação do espaço, justificando a necessidade de se conhecer a titularidade da gestão do espaço que tem sido desempenhada pela empresa Transdev. A possibilidade de uma candidatura a Fundos Estruturais é outra das razões justificadas para "não arriscar com uma data".

Ainda assim explicou: "Nós próprios (TRANSDEV) podemos vir a assumir o financiamento da requalificação do edifício se com isso chegarmos a um contrato de longo prazo que nos permita fazer uma gestão que justifique o investimento a fazer". Sobre o projecto, admitiu que existem apenas "alguns rascunhos" que por enquanto não faz sentido divulgar, acrescentou aquele responsável.


Ainda assim, um dos problemas que atrasa todo o processo está em encontrar a titularidade da gestão do espaço, como explicou também esta manhã o vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, Firmino Marques. O mesmo admitiu que a questão da titularidade "foi trazida para cima da mesa" pelo município. A titularidade "ainda não está comprovada", pode ou não ser da própria Câmara Municipal de Braga, mas reconhece que as responsabilidades assumidas pelos operadores que lá se encontram "tem apresentado resultados positivos".


Apesar desta indefinição, o município de Braga não afasta responsabilidades tendo em conta a importância da central de camionagem.  "É uma preocupação contínua de quem esteve na gestão do município e de quem continua a gerir os destinos da cidade", reconheceu. Firmino Marques assumiu que a possibilidade de fundos estruturais seria determinante para apresentar uma candidatura para a requalificação. O vice-presidente admitiu que o desafio de requalificação que está em cima da mesa cabe a todos os intérpretes: Estado central, operadores, município de Braga, a Comunidade Intermunicipal e o próprio Quadrilátero Urbano.


Apesar de todas as indefinições de titularidade, o actual gestor, Amândio Oliveira, reconhece que o grande objectivo é renovar todo o edifício. "O que perspectivamos é uma intervenção global, que requalifique o edifício, que lhe dê condições dignas para os clientes, que melhore a informação e que também o ligue à cidade", defendeu. Mas existem também preocupações quanto à regulamentação da gestão porque o que existe "é um regulamento de 1976, desactualizado, que permite intervir muito pouco", daí que sublinhe que seja necessário "clarificar as matérias onde é possível intervir, como intervir e como melhorar".



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