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Daniel Vieira da Silva

Cultura 21.09.2016 18H31

Omar Souleyman e Aziza Brahim actuam em Braga

Escrito por Daniel Vieira da Silva
Músicos integram alinhamento do Festival de Outono, uma iniciativa promovida pelo Conselho Cultural da UMinho que acontece de 13 a 15 de Outubro.

Com uma maior abertura à sociedade e alinhamento mais ousado... Está aí a edição deste ano do Festival de Outono. O evento, organizado pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho, alia-se a vários parceiros, entre eles a Associação Académica e a Rádio Universitária do Minho (RUM) e agentes da região para, dos dias 13 a 15 de Outubro, dar corpo a expressões artísticas que se alinham a pensamentos e vozes críticas acerca da sociedade e do Mundo na actualidade.


Eduarda Keating, presidente do Conselho Cultural da academia minhota, assumiu aos microfones da RUM que estas parcerias são reflexo do crescimento do evento que já vai na sua 7ª edição. “Com a história e experiência, este ano houve oportunidade de alargar e tornar o festival mais abrangente. Houve oportunidade de fazer uma oferta mais diversificada, tanto nas propostas, como nos horários e temáticas”, assumiu a responsável.

Já Nuno Abreu, o programador do evento, explicou à RUM que “todos os artistas escolhidos para integrar o alinhamento ultrapassam a questão musical e têm uma forte base de mensagem”. Nuno Abreu explicou que, estando o festival ligado à UMinho, “deveria ser um festival de criação de pensamento e introdução de novos diálogos e novos temas”.


Omar Souleyman e Aziza Brahim são nomes fortes no cartaz


“O Omar é um artísta sírio que esteve na entrega do prémio Nobel da Paz, não tem uma posição assumida em termos políticos e/ou sociais, mas que não precisa disso mesmo, porque, pela sua música, pelas mensagens que canta, tem um peso importante”, contextualizou Nuno Abreu.

“Aziza Brahim é uma compositora, cantora e activista do Sahara-Ocidental, viveu a maior parte da sua infância num campo de refugiados. Já vai no seu 4º álbum e o seu trabalho tem a componente dos refugiados e é, talvez, a pessoa do povo sahauri com mais impacto no Mundo”, sublinhou Nuno Abreu que deixou rasgados elogios à compositora.


Este é um festival que olha também para a música portuguesa, com a presença de Batida que "funde a música electrónica com o kuduro e semba”, explica o programador.


Para além destes concertos, o Salão Medieval da reitoria da Universidade do Minho, situado no Largo do Paço, receberá os espectáculos do guitarrista sul-africano Derek Gripper e o projecto afro-peruano Crocodilo Criollo.


À noite, haverá espaço para o clubbing que terá lugar no Insólito, outro espaço histórico em Braga, que acolherá o pós-concertos com as atuações de produtores e dj’s nos quais se destacam a veterana das músicas do mundo Raquel Bulha, o produtor e radialista da rádio nacional italiana Rai2 Dj Khalab ( música afro-futurista eletrónica), os dois argentinos El G e El Remolón da mediática ZZK Records e os portugueses La Flama Blanca (Music Box & Baile Tropicante) e Dj Quesadilla.


O Festival de Outono volta a reunir a cultura académica com uma abertura à sociedade que pretende incutir novos hábitos culturais e proporcionar um maior conhecimento de diferentes culturas aos novos alunos e à região. 



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