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Pedro Andrade

Regional 18.09.2018 18H25

Confiança: ASPA pede "bom senso" a Ricardo Rio

Escrito por Pedro Andrade
Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural pede suspensão do processo de alienação e um debate público aberto a toda a comunidade bracarense.
Manuel Sarmento, da ASPA, fala sobre o processo de alienação da Confiança

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O futuro da Fábrica Confiança é debatido amanhã, Quarta-feira, em reunião do executivo municipal bracarense. A semana passada ficou a saber-se que a autarquia pretende avançar com o processo de alienação do espaço por quatro milhões de euros e que já há interessados na compra deste imóvel histórico.


Nos últimos dias têm sido muitas as críticas à posição tomada pelo executivo liderado por Ricardo Rio e a ASPA já veio a público pedir “bom senso” à Câmara Municipal de Braga (CMB) na gestão do processo. Manuel Sarmento, um dos membros da Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural lembrou que existe um grande consenso junto da opinião pública e até dos diferentes partidos políticos quanto à preservação da Confiança como espaço cultural.


À RUM, Manuel Sarmento disse que este espaço deve continuar “a pertencer a todos os munícipes e não apenas a alguns” e que, por isso, o processo de alienação deve ser suspenso. “Não houve nenhum debate público sério e consistente sobre a alienação e o futuro a dar à Fábrica Confiança. Há um grande consenso no sentido de que este espaço deve continuar na esfera pública e, por isso, esperemos que haja bom senso e que a decisão seja adiada”, afirmou.


Para a ASPA é importante que este assunto seja debatido por toda a comunidade bracarense e que sejam evitadas “decisões precipitadas”. “É preciso acautelar o património comum e que nos identifica a todos, até porque muito do património industrial de Braga foi destruído”, explicou.


Manuel Sarmento disse mesmo que a decisão do município “segue em contra-ciclo” com as políticas de preservação do património que têm sido seguidas pelos municípios da região. “Tem havido um esforço consistente de recuperar o património industrial e de colocá-lo ao serviço dos cidadãos”. Manuel Sarmento vai mais longe e explicou que “outros municípios tornaram isso possível e, assim sendo, não há motivos para que Braga não faça o mesmo”.


Junta de Freguesia de S. Victor pede a suspensão imediata do processo de alienação


Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, tem sido um dos grandes críticos em relação ao processo de alienação da antiga Fábrica Confiança.


Ontem ficou a saber-se que todo o executivo desta Junta de Freguesia aprovou o envio de uma carta ao presidente da CMB, Ricardo Rio, a pedir a suspensão imediata do processo de alienação por um período de seis meses. À RUM, Ricardo Silva explicou que todo este processo aconteceu de “forma precipitada”.


A Junta de Freguesia de S. Victor pretende, em conjunto com a autarquia, criar um plano cultural para a antiga Fábrica Confiança que torne este local “no pólo cultural” de Braga para a candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.

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