A saída dos dois jogadores para o Futebol Clube do Porto apanhou de surpresa os dirigentes do ABC/UMINHO. Diogo Branquinho ainda tinha mais um ano de contrato com os bracarenses e a sua transferência para o Porto foi feita "à revelia do ABC/UMINHO" que, entretanto, já inscreveu o jogador nas provas nacionais. Os azuis e brancos fizeram o mesmo junto da Federação Portuguesa de Andebol e, caso os dois clubes não cheguem a entendimento para uma eventual transferência, a federação poderá remeter o caso para o Tribunal Arbitral do Desporto. Essa situação, pela morosidade da mesma, poderá implicar que o atleta fique sem poder competir ao longo desta temporada. No caso de André Gomes, o caso é semelhante. O jovem teve, ainda assim, um Campeonato do Mundo infeliz, uma vez que fracturou a perna e estará ausente da competição durante alguns meses. O jogador tinha mais anos de contrato com o ABC/UMINHO, mas o seu caso poderá ter o mesmo fim.

O contrato de André Gomes com o ABC tinha sido assinado pelo próprio e pelos seus representantes legais, uma vez que o jogador não era maior de idade. No caso de Diogo Branquinho, o contrato que o liga ao ABC foi assinado pelo próprio atleta.

A situação, sabe a RUM, gerou um “mau estar generalizado” nos corredores do Sá Leite, com os ex-colegas de equipa e ex-treinadores a condenarem a postura dos atletas. Questionado sobre o caso, o actual treinador, Jorge Rito disse não conhecer pessoalmente Diogo Branquinho, lembrando que apenas teve “uma relação distante" com o atleta. Ainda assim, frisou que Branquinho "tinha mais um ano de contrato com o ABC e não cumpriu", afirmando que "isso não é normal”. Rito disse ainda que, depois deste caso, “o seu regresso ao ABC é uma hipótese muito remota”.

Já Humberto Gomes mostrou-se surpreendido com a atitude do ex-colega de equipa: “Sim, estou surpreendido, claro que estou. Os contratos são para cumprir, mas cada atleta tem de assumir as consequências dos actos que tomam. Por isso, ele saberá o que fez”, concretizou o capitão dos academistas.