De acordo com a Direção-Geral do Ensino Superior, o reforço de 16 milhões aos programas Impulso Adultos e Jovens STEAM, no final de 2023, para obras e infraestruturas, foi feito por via de um decréscimo de verbas para bolsas a estudantes e recursos humanos.

A informação é avançada hoje pelo Jornal de Notícias, sendo que a DGES aponta “atrasos significativos quanto ao início de algumas obras previstas, com perspetivas de não ficarem concluídas até ao final de execução do PRR”.

Ao mesmo tempo que a execução das bolsas está “aquém do esperado”. O Impulso Jovens STEAM, financiado em 122 milhões, visa graduar com formação superior “mais de 18 mil estudantes” em áreas de ciência, engenharia, tecnologia, artes e matemática. Já o Impulso Adultos, com 130 milhões, aposta na conversão e atualização de competências de 100 mil adultos. 

No final de 2023, o Governo anunciava um reforço de 8,5 milhões e 7,5 milhões, respetivamente, a realizar neste ano, em função da avaliação feita. Ora, sublinha a DGES nas conclusões do relatório de avaliação intermédia, “constata-se um reforço das rubricas com obras, tal não significando a existência de mais obras, mas tão somente um agravamento dos seus custos”. Reforços “feitos à custa das verbas para recursos humanos e para bolsas”. 

O que, vincam, “não é consentâneo com a totalidade dos objetivos que se pretendiam atingir com os programas”. Assim, no caso do Jovens STEAM, obras e outras despesas registaram um aumento de 8% cada, enquanto os apoios a estudantes e custos com recursos humanos perderam 13% e 10%, respetivamente. No Adultos, as obras ganharam +8% e outras despesas +19%; já as bolsas perderam 2% e os recursos humanos 16%. Entre os objetivos destes programas consta, também, “beneficiar cerca de 260 mil estudantes todos os anos pela modernização de infraestruturas e de equipamento”. Como sejam a requalificação de laboratórios ou a substituição de coberturas ou alcatifa.

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