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Liliana Oliveira

Regional 25.04.2024 17H43

O que sabem as crianças sobre o 25 de Abril?

Escrito por Liliana Oliveira
Têm menos de dez anos e só sabem o que é viver em Liberdade, mas reconhecem a importância do 25 de Abril de 1974.
Ouça aqui o que pensam as crianças sobre o 25 de Abril de 1974

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Têm menos de dez anos e só sabem o que é viver em Liberdade, mas reconhecem a importância do 25 de Abril de 1974. Falam dos cravos vermelhos, da PIDE e de Salazar, símbolos de um tempo que marcou a gerações dos avós destas crianças. Maria Rodrigues sabe que se trata de “um acontecimento importante” e associa “o cravo e a palavra liberdade” aos 25 de Abril de 1974. Antes dessa data, diz, “não se podia viajar sem autorização, escolher a profissão e as mulheres não poderiam vestir calças”.


José Rebelo está certo de que “não ia gostar de viver em ditadura”, porque não ia poder fazer coisas que faz agora.

Aos olhos de Núria Felício, de nove anos, “quando aconteceu o 25 de Abril, as pessoas começaram a ter liberdade, podiam fazer o que queriam, vestir o que queriam, escolher a profissão que queriam e para onde queriam ir”. “O meu avô tinha um membro familiar que era da PIDE, ajudavam o Governo a apanhar pessoas que falassem mal do Governo, ninguém podia ter a sua opinião”, comentou.


Salvador Santos acredita que, na escola, durante o período da ditadura, se se enganasse “tinha de levar reguadas”. “Se disséssemos mal de Salazar podíamos ir presos, porque a PIDE disfarçava-se de homens normais e quando alguém dizia mal eram presos”, acrescentou.


Para Gabriel Chaves, “liberdade é uma palavra muito importante”, por tudo o que mudou depois de 1974. “As mulheres já podem ir para onde quiserem sem autorização dos homens”, exemplificou.

Lara Borges recorda que os cravos “foram colocados nas espingardas” e sabe que a PIDE era “uma polícia política, que, se ouvisse falar mal do presidente, prendia”. Na altura, “quem mandava era Marcello Caetano”, acrescentou. 

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