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Liliana Oliveira

Regional 25.04.2024 16H09

"É preciso dar espaço aos jovens para estarem nos órgãos de decisão”

Escrito por Liliana Oliveira
Presidente da AAUMinho, Margarida Isaías, discursou, esta quinta-feira, na Assembleia Municipal de Braga, a propósito dos 50 anos do 25 de Abril. 
Declarações de Margarida Isaías, presidente AAUMinho, na Assembleia Municipal

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A presidente da AAUMinho acusa os partidos políticos de estarem fechados à participação dos jovens e defende que todos sejam agentes da Democracia. No discurso da Assembleia Municipal de Braga, que assinala os 50 anos da Revolução dos Cravos, Margarida Isaías apelou à integração de jovens nos órgãos de decisão.


Falta abrir o Governo à participação dos jovens. Falta abrir os partidos políticos a ideias mais irreverentes. 



"É difícil porque os partidos são fechados numa ideologia e numa forma de trabalho que não promove a participação dos jovens, que dentro do espectro partidário têm novas ideias e querem fazer crescer e evoluir o partido, para fazer crescer e evoluir Portugal”, começou por dizer a estudante da Universidade do Minho. Margarida Isaías quer partidos políticos “abertos a ouvirem os jovens” e a “confiarem, mesmo que duvidem das suas ideias”.

Margarida Isaías evidenciou “a falta de discussões e debates abertos, com todos os pontos de vista e sem juízes de valor”. “É preciso contrariar a partidarização de causas e de temas que são de todos. É preciso dar espaço aos jovens para estarem nos órgãos de decisão”, apontou.


A presidente da AAUMinho lembrou ainda que, 50 anos depois, os portugueses têm “o privilégio de poder ter outras lutas, como o acesso à educação, à habitação, transportes, combate ao assédio, a luta pela igualdade de género, a promoção da saúde mental, empregos dignos”, acrescentando “o privilégio de todos poderem participar nestas lutas”. “Não basta dar-nos a palavra, é preciso sermos ouvidos. Também não basta podermos participar, é preciso termos a capacidade de participar”, frisou.


Margarida Isaías lamentou ainda a “falta de literacia política nas escolas e o direito à associação através de associações juvenis e estudantis livres de poderes e de interesses partidários”.

No discurso, a jovem pediu que se contrarie “a ideia de nós e os outros, que nós temos razão e os outros não”. “Que eu sou de esquerda ou de direita e, por isso, tudo o que o outro lado diz está mal ou é indigno. É preciso contrariar os ideais e os insultos. Nunca sacrificar a liberdade, a opinião de cada um e respeitar a diferença.”, referiu.


A intervenção terminou com um apelo: "Que todos sejamos agentes da democracia”. 

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