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Redacção

Cultura 06.01.2021 15H06

Visitas a museus e monumentos  do Norte descem 71% em 2020

Escrito por Redacção
É o valor mais baixo da última década. Paço dos Duques continuou a ser o espaço mais visitado, apesar da queda acentuada.

Em 2020, o conjunto dos museus e monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Norte totalizou 665.993 visitantes, o que representa uma descida de 71% em comparação com o ano anterior, altura em que se registou um recorde de afluência. A informação é adiantada pela Direção Regional de Cultura do Norte em comunicado.


Trata-se do número de entradas mais baixo da última década, justificado pela situação pandémica provocada pelo COVID-19 e que, de resto, obrigou ao encerramento dos museus e monumentos entre 15 de março e 18 maio. Esta diminuição de afluência aos museus e monumentos tutelados pela Direção Regional de Cultura do Norte contraria a tendência de crescimento verificada nos últimos anos.


Recorde-se que, em 2019, o conjunto dos museus e monumentos sob gestão da Direção Regional de Cultura do Norte atingiu um recorde absoluto no número de visitantes, tendo registado 2.232.154 entradas, o que representou uma subida de 22,9% em comparação com o ano anterior. De 2010 a 2019, o número de visitantes subiu 188%.


Em 2020, dos sete museus geridos pela Direção Regional de Cultura do Norte (Museu de Lamego, Museu dos Biscainhos e Museu D. Diogo de Sousa (Braga), Paço dos Duques e Museu de Alberto Sampaio (Guimarães), Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro) e Museu do Abade de Baçal (Bragança), continua a destacar-se o Paço dos Duques com 135.412 visitantes, registando, no entanto, uma variação negativa de 70,7% em relação ao período homólogo.


Em 2020, o monumento mais visitado foi o Castelo de Guimarães, com um registo de 129.784 entradas (menos 65,3% do que em 2019).


António Ponte, Diretor Regional de Cultura do Norte, mostra-se apreensivo com a diminuição do número de visitantes, mas refere que, atendendo à situação provocada pela pandemia Covid-19, era já expectável esta redução de afluência.


Ressalvando a resiliência de todos os trabalhadores afetos a estas estruturas, António Ponte destaca, como nota positiva, o facto de, sobretudo os museus, terem tido a capacidade de se reinventarem, em particular durante o período de confinamento, rapidamente adaptando os seus conteúdos ao universo digital para assim manterem o contacto com os seus visitantes. “Criar uma relação equilibrada entre as novas exigências e o espírito das visitas aos museus é o grande desafio para o futuro”, salienta o Diretor Regional de Cultura do Norte.


António Ponte sublinha um dos grandes objetivos do Plano Estratégico da Cultura relativo à captação de novos públicos para a cultura e ao potenciar do valor acrescido do património, como uma realidade que necessita de ser alavancada na diversificação, intensificação e aproximação das experiências dos públicos nos equipamentos culturais, na promoção da leitura e de uma oferta editorial diversificada, e ainda na consolidação de uma visão para o papel estratégico e integrador que o património cultural pode desempenhar na promoção do desenvolvimento territorial.

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