Academia 09.01.2021 10H21
Virologista do IPO Porto garante que "vacinas são completamente seguras"
Hugo Sousa considera que alarmismo em torno da morte da funcionária do IPO "está relacionado com a mediatização da informação".
Hugo Sousa é virologista no IPO do Porto e foi vacinado contra a covid-19 esta semana. O médico, que já esteve ligado à Escola de Medicina da Universidade do Minho, garante que "as vacinas são completamente seguras".
A Agência Europeia do Medicamento e a Comissão Europeia deram luz verde à vacina da Moderna, esta semana, que se junta à já autorizada e comercialziada vacina da Pfizer/BioNTech.
Hugo Sousa não tem dúvidas: "ambas são recomendáveis". Muitas são as dúvidas quanto a quem pode ou deve tomar a vacina. Segundo o virologista a única restrição conhecida está relacionada com as mulheres grávidas. "Foram testadas pessoas com patologias cardíacas e respiratórias e foi considerada segura. Aliás, a doentes com patologias respiratórias é recomendado, anualmente, fazer a vacina da gripe e pneumocócica", informou.
Alarmismo em torno da morte da funcionária do IPO "está relacionado com a mediatização da informação e é preciso cuidado com isso"
Uma auxiliar do IPO do Porto faleceu dois dias depois de ser vacinada contra a Covid-19. A notícia causou alarmismo, principalmente junto das pessoas que já estão hesitantes quanto à vacina.
A trabalhar no IPO, Hugo Sousa explicou que "o caso ainda vai ter uma conclusão mais para a frente, apesar dos resultados preliminares da autópsia apontarem para não haver qualquer ligação com a vacina". "Todas as vacinas no mercado passaram por testes muito largos. A maior parte das vacinas foram testados em 40 mil pessoas e em nenhum caso foi identificada reação que pusesse em causa a segurança do doente", acrescenotu.
O virologista lembrou também que qualquer medicamento pode causa efeitos secundários. "É perfeitamente normal que possam existir casos de reações à vacina, mais simples ou mais complicadas, e acontece com qualquer medicamente desde o simples paracetamol ao medicamento mais complexo. Esta questão do alarmismo está relacionada com a mediatização da informação e é preciso cuidado com isso", sublinhou.