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Liliana Oliveira

Academia 29.11.2022 07H00

UMinho avança com microcredenciais dentro de quatro anos

Escrito por Liliana Oliveira
A UMinho debate utilização de microcredenciais como instrumento de certificação de formações de curta duração, com parceiros nacionais e internacionais.
Manuel João Costa, pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica

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A Universidade do Minho começa a dar os primeiros passos no universo das microcredenciais.

Estas certificações digitais, adquiridas em cursos de curta duração, devem arrancar na academia minhota num prazo máximo de quatro anos. Segundo o pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, Manuel João Costa, o objetivo é ter uma “oferta educativa mais flexível e ágil” e, além disso, “colaborar com a indústria, as empresas e a sociedade civil”. O pró-reitor acredita que estas microcredenciais serão uma realidade na UMinho dentro de “quatro anos, uma vez que é um compromisso no âmbito da aliança europeia Arqus”. Ainda não há uma estratégia definida, uma vez que o processo está ainda no início, mas, de acordo com Manuel João Costa, “há algumas áreas dentro da Universidade que têm demonstrado disponibilidade e interesse em explorar esta via”.


Para que a implementação deste sistema de ensino seja eficaz, o caminho faz-se com quem já deu os primeiros passos. Nesse sentido, a UMinho acolheu, esta segunda uma conferência e debate, tendo como base o exemplo da República da Irlanda, que teve como protagonista Janice Mulvany Glennon, da Universidade de Galway. A irlandesa explicou que no seu país foi “extremamente importante” avançar com este tipo de formação, “porque muitas das indústrias e empresas descobriram que precisam de habilitar e requalificar os seus trabalhadores”, mas “nem sempre conseguem dar o tempo suficiente para os funcionários tirarem uma licenciatura ou mestrado” e, por isso, “ter pequenos cursos de aprendizagem é muito importante.

Janice Mulvany Glennon considera ainda ser “muito vantajoso” para a UMinho “poder aprender com experiências de outros países”. “A ideia de ter um projeto nacional na Irlanda é para que possamos partilhar os nossos conhecimentos com outras universidades, para que não seja tão difícil, vendo com o que a Irlanda já fez, o positivo, o negativo e como superamos alguns dos desafios. É um processo de continuidade e, talvez, possamos trabalhar em conjunto”, finalizou.


Esta terça-feira, decorre uma sessão de formação com o coordenador do Núcleo de Ensino e Aprendizagem da Universidade de Aveiro, Rúben Alves, sobre o processo de implementação das microcredenciais nesta instituição.

“A Universidade de AVeiro está mais avançada neste processo e pode partilhar connosco a sua experiência. Usamos muito a experiência dos que vêm de fora para não reinventarmos tudo do zero”, acrescentou o pró-reitor.

A Universidade do Minho prepara-se para avançar com uma forma de aprendizagem mais flexível, as microcredenciais. Estas certificações digitais adquiridas em cursos de curta duração, deverão ter por base as necessidades do mercado de trabalho e serão orientadas para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. 

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