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Redacção

Internacional 15.01.2021 13H42

UE acompanha "atentamente" nova mutação brasileira do coronavírus 

Escrito por Redacção
Esta mutação terá surgido na Amazónia, onde o número de internamentos aumentou nas últimas semanas.  

A Comissão Europeia afirmou estar a "acompanhar atentamente" as novas mutações do SARS-CoV-2 na União Europeia (UE), nomeadamente a originária do Brasil, e está em contacto com empresas farmacêuticas para garantir que as vacinas contra a Covid-19 asseguram proteção.


"A Comissão, e em particular a Agência Europeia do Medicamento, estão a seguir atentamente as mutações e as novas estirpes [do coronavírus]", declarou o porta-voz da Comissão Europeia para a área da Saúde, Stefan De Keersmaecker, falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.


Escusando-se a responder diretamente sobre qual o nível de preocupação da Comissão Europeia sobre a estirpe brasileira, Stefan De Keersmaecker focou-se antes na questão da vacinação: "Estamos em contacto com vários produtores de vacinas para garantir que as vacinas podem também assegurar proteção".


A mutação do coronavírus detetada recentemente no Japão e originária da Amazónia brasileira pode ser tão contagiosa quanto a do Reino Unido ou da África do Sul, segundo investigadores brasileiros.


A mutação surgiu na Amazónia, onde o número de internamentos por conta do vírus explodiu nas últimas semanas, principalmente em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas.


Em Portugal, ainda não foi detetada a estirpe brasileira do coronavírus, garantiu o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que estuda desde março as variantes do SARS-CoV-2.


O virologista Pedro Simas afirmou ser necessário mais tempo para estudar a variante detetada no Brasil e disse entender que países que enfrentam situações graves da pandemia limitem as entradas e saídas nos seus territórios


"É bom ter alguma cautela e tempo para estudar essa variante do Brasil para ver se o impacto que esta mutação tem melhora a disseminação", salientou Pedro Simas, para quem está provado que os "confinamentos funcionam, independentemente das variantes" do vírus.


Na quinta-feira, o Governo britânico anunciou que vai suspender ligações aéreas de Portugal e Cabo Verde para Inglaterra para tentar impedir a entrada da estirpe brasileira do SARS-CoV-2, e proibiu também chegadas do Brasil e de outros países sul-americanos.


"Tomei a decisão urgente de proibir chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela a partir de sexta-feira após informação sobre uma nova variante no Brasil", anunciou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, através da rede social Twitter.


As viagens de Portugal para o Reino Unido também serão suspensas "devido aos seus laços fortes com o Brasil, funcionando como mais uma forma de reduzir o risco de importação de infeções", acrescentou.


No entanto, o Governo britânico vai isentar deste bloqueio os camionistas que viajem a partir de Portugal para permitir a circulação de bens essenciais e também aos cidadãos britânicos e irlandeses e nacionais de países terceiros com direito de residência, que poderão entrar no país, mas cumprir quarentena de 10 dias.


Os voos diretos entre o Brasil e o Reino Unido já haviam sido proibidos no mês passado, quando o governo brasileiro tentou impedir que a estirpe britânica do vírus, altamente transmissível, chegasse ao país.


A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.


Lusa

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