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Redação

Nacional 01.12.2021 11H41

Síndrome de Burnout. “Não é normal estarmos demasiado tristes”

Escrito por Redação
Portugal é o país da União Europeia com maior risco de burnout. A informação é avançada num estudo da Small Business Prices.
Declarações de Beatriz Couto, docente da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

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As incertezas do futuro, o mercado competitivo, o excesso de trabalho ou a pressão diária causam alterações na saúde mental. Começa pelo cansaço constante, a ansiedade ou desmotivação acabando por limitar a rotina diária.

“A síndrome de burnout pode trazer graves consequências à saúde mental”, afirmou à RUM Beatriz Couto, docente da Escola de Medicina da Universidade do Minho e interna de formação geral na Unidade Local de Saúde do Alto Minho.


Com a pandemia, o risco de burnout aumentou. A docente alerta, principalmente, para o momento em que “o trabalho começa a causar mais ansiedade ou a afetar a vida pessoal”, colocando em “causa a funcionalidade da pessoa”. Para Beatriz Couto é urgente falar precocemente com algum especialista da área da saúde.


A docente da Escola de Medicina da Universidade do Minho considera que a sociedade precisa de estar atenta e criar condições para "desmitificar a saúde mental". "É normal estamos tristes, mas não é normal estamos demasiado tristes", afirmou.   


Na perspetiva de Beatriz Couto, a pressão é sentida também nas universidades onde “temos que dar tudo para ser melhores”. Para a professora os estabelecimentos de ensino devem “falar da necessidade de pedir ajuda”, assim como desenvolver espaços para ajudar quem sofre de burnout. “Se for necessário pedir ajuda saibamos onde recorrer ou o que fazer a seguir”, rematou.


Esta síndrome ganhou destaque quando em 2019 foi incluído pela Organização Mundial de Saúde na classificação internacional de doenças.O burnout atinge todas as faixas etárias, incluindo os jovens. A Organização Mundial de Saúde carateriza o burnout pela “sensação de esgotamento ou exaustão de energia" e "eficácia profissional reduzida”. 


*POR RITA DA COSTA CARVALHO

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