A Universidade do Minho está um passo mais perto de ver aprovado o financiamento necessário para a construção de duas novas residências universitárias em Braga e Guimarães.

Esta quinta-feira, foi publicado o Relatório Síntese Preliminar de Avaliação e Seleção das Candidaturas ao programa de alojamento estudantil a custos acessíveis, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). De um total de 102 projetos, a academia minhota tem as suas propostas no top 51. Santa Luzia, em Guimarães, aparece no lugar 41 com uma classificação de 3,62 pontos, e a antiga Fábrica Confiança na posição 51 com 3,55. Eficácia, inovação e adequação da oferta à procura foram os critérios de avaliação das candidaturas.

Em reação aos resultados, o reitor Rui Vieira de Castro, declara aos microfones da Universitária, estar "otimista", visto que há uma enormíssima probabilidade de vir a receber o financiamento necessário para os projetos.

Recorde-se que a reabilitação do edifício da antiga Escola de Santa Luzia, com projeto desenvolvido pela UMinho, está orçada em 5 milhões de euros, enquanto a antiga saboaria, da responsabilidade do Município de Braga, irá necessitar de 25 milhões.

No total, o Plano de Recuperação e Resiliência tem, para a adaptação, aquisição e renovação, um orçamento de 245 milhões de euros, ao qual corresponde um total de 12.592 camas distribuídas entre nova oferta (6.283 camas) e oferta existente a reabilitar (6.309 camas). "Sem prejuízo da necessária atualização dos valores de referência à data da celebração dos contratos de financiamento, considerando que o montante de financiamento disponível para estas operações é de 249 milhões de euros, estima-se que haja disponibilidade financeira para celebrar "contratos-programa com um número muitíssimo elevado de candidaturas", pode ler-se no documento.

O responsável máximo da academia minhota espera que este dossier esteja fechado no final do mês de julho.

Rui Vieira de Castro deixa uma palavra de agradecimento às autarquias de Braga e Guimarães pelo seu compromisso e "excelente articulação". 

Recorde-se que a cidade berço transferiu a propriedade da antiga escola para a instituição de ensino superior minhota. Já pela cidade dos arcebispos, todo o processo de construção do projeto foi acompanhado de perto pelos Serviços de Ação Social, em concreto, pelo seu administrador, António Paisana. O reitor destacou ainda o trabalho do pró-reitor para as Infraestruturas, José Fernandes, que foi "essencial" na ótica do responsável.

Atualmente, a academia minhota disponibiliza 1.400 camas. Com a concretização dos dois projetos este número deverá ultrapassar as 900 entre as cidades Braga e Guimarães. No total, as duas empreitadas estão orçadas em cerca de 30 milhões de euros.

Residência do Avepark na 29ª posição.

De um total de 33 candidaturas, para a construção de novos edifícios, a Residência de Estudantes do Avepark ocupa a 29ª posição com uma classificação de 3,16 pontos.