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Vanessa Batista

Academia 01.04.2021 16H43

Primeira tese doutoral em Portugal sobre livro-brinquedo é da UMinho

Escrito por Vanessa Batista
“O lugar do livro-brinquedo na infância: arquitetura, (inter)texturas e outros desafios”, da autoria de Daniela Martins foi avaliada com “Muito bom”. Esta sexta-feira, 2 de abril, assinala-se o Dia Internacional do Livro Infantil.
Explicações da autora Diana Martins.

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É a primeira tese doutoral em Portugal sobre o livro-brinquedo e foi realizada na Universidade do Minho. Neste trabalho a autora analisou mais de 300 livros-objeto em português e comparou os mesmos com a realidade internacional.


A ideia surgiu na sequência do seu trabalho de mestrado em que realizou um álbum completo a partir de uma reilustração do poema "A Sombra", de Luísa Ducla Soares.


À RUM Diana Martins, do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho, descreve o livro-brinquedo como um objeto "intrigante e provocador ao olhar dos mais pequenos" que posteriormente acabam por criar uma relação de intimidade com a criança. No total existem cerca de cinco géneros de livros-brinquedos que são pensados para explorar o tato, o olfato, audição e visão dos utilizadores.


A oferta mais comum do livro-objeto é em puzzle ou com uma peça destacada, “sugerindo a exploração cúmplice entre o mediador/adulto e a criança”. 


Nos livros híbridos combina-se rosto, olhos e boca em figuras fictícias, por exemplo. “Essa componente lúdica, interativa e humorística é essencial numa fase em que a criança está a aprender a saber ser e saber fazer: explora o simbólico, a fantasia e o conta outra vez”, declara. Isso sucede também nos livros com sons de animais e pequenas melodias ou nos tradicionais livros poético-líricos de rimas e trava-línguas. “Há vários caminhos na leitura e os objetos visuais, sensoriamente sedutores, ajudam na mentalidade mágica dos mais novos e na sua apropriação mais palpável do ‘real’”, considera.


"Estes livros-brinquedos são sedutores pelas suas formas e criatividade, o que faz com que a criança crie uma relação especial com o objeto. Aqueles que são de pano acabam por tornar-se quase que um peluche e assim surge uma ligação, por vezes, afetiva", explica.  




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