Terminou a audição a Pedro Arezes, candidato a reitor da Universidade do Minho. A sessão da tarde desta quinta-feira, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Minho, prolongou-se por cerca de quatro horas, com o docente e investigador da academia minhota a apresentar as suas motivações para a candidatura ao cargo, a sua experiência de mais de trinta anos ligados à própria instituição, e o seu programa construído com o contributo de centenas de intervenientes da academia minhota.

O novo reitor, recorde-se, está encontrado, uma vez que é candidato único ao cargo. O processo de votação está agendado para a manhã desta sexta-feira, às 10H00, também no Largo do Paço.

Pedro Arezes pretende que a Universidade do Minho se afirme cada vez mais como uma instituição de ensino superior público "moderna que potencie a qualidade de ensino e de investigação" e que fortaleça a ligação à sociedade. 

"A ideia é garantir que a universidade se reforce como universidade pública, moderna, democrática e participativa e, sobretudo, profundamente comprometida com a valorização das pessoas, com a qualidade do seu ensino, a excelência da sua investigação e uma forte ligação à sociedade", argumentou na parte inicial da sua audição. Pedro Arezes assume como ambição a redução da burocracia,  a promoção da saúde mental e bem-estar, o combate à precariedade laboral "de forma firme, ainda assim, responsável".

São alguns pontos que vão balizar os próximos quatro anos de Pedro Arezes na gestão máxima da instituição de ensino superior minhota.

Pedro Arezes leva já trinta anos de percurso profissional na Universidade do Minho. A presidência da Escola de Engenharia e a direção do MIT Portugal são duas das experiências que destaca no seu currículo que serviram também de alavanca para se apresentar neste novo desafio. "O facto de ter sido presidente de escola deu-me uma visão muito esclarecida daquilo que era a academia vista por dentro. Como Diretor do MIT Portugal permitiu-me contactos com outras realidades, [uma experiência] muito rica e diversificada em desafios", esclareceu.

O candidato a reitor assume que com a sua equipa apresenta um programa á Academia que é “ambicioso, mas exequível”, acreditando que a universidade não se pode conformar com conquistas do passado. "Estes desafios que a UMinho tem que ultrapassar exigem visão, ética e liderança. Vamos entrar num novo ciclo de desenvolvimento e queríamos assumir aqui este compromisso ético de liderança capaz de mobilizar esta energia transformadora da universidade", evidenciou. O futuro reitor pretende que a UMinho seja "uma universidade que inspire, cuide, inove, enfrente o futuro com confiança e coragem, uma universidade que não tem medo de mudar, que honra o seu legado, mas que não se conforma, que se prepara com coragem e com inteligência coletiva para os desafios do futuro".

Pessoas, carreiras e bem-estar; qualidade de vida e infraestruturas; ensino, internacionalização e avaliação; investigação e inovação; cultura e interação com a sociedade; governação e sustentabilidade organizacional são os pelouros a assumir pela nova equipa reitoral para 2025-2029.

Numa mensagem final ao Conselho Geral e à Academia, Pedro Arezes explica que o programa que apresenta expressa um compromisso claro com as exigências atuais e futuras da instituição.