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Liliana Oliveira

Academia 28.09.2020 13H12

Novos alunos da UMinho criticam preços elevados do alojamento privado

Escrito por Liliana Oliveira
Estudantes dizem ser fácil encontrar casa em Braga, mas queixam-se dos preços elevados das rendas. Ainda assim, dão preferência ao arrendamento de quartos e apartamentos nas imediações do campus de Gualtar.
Opinião dos novos alunos da UMinho sobre o alojamento

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Pouco passava das 10 horas, quando encontramos Ana Beatriz Teixeira, uma das novas alunas da UMinho. A agora estudante de Bioquímica havia chegado a Braga, uma hora antes, vinda de Amarante. A distância forçou a jovem a mudar de morada. Em menos de 60 minutos, o negócio estava fechado. Ana alugou um T0, na Rua Nova de Santa Cruz, que lhe vai custar 300 euros por mês. Por opção, dispensou tentar uma cama numa das residências universitárias. "Prefiro estar sozinha, acho que é mais fácil", disse. No entanto, frisou, a solidão tem um preço e este, disse, "é um bocadinho caro".


Os anúncios com quartos para alugar multiplicam-se pelas paredes das ruas nas imediações da UMinho e até no interior da própria universidade. No entanto, em Braga, os novos alunos parecem preferir pesquisas online e já chegam à cidade com os contactos feitos.


Carolina Barros chegava de Viana do Castelo, acompanhada pela mãe. Tinham acabado de visitar outro T0, nas imediações do campus de Gualtar, que encontraram depois de uma pesquisa online. O Observatório do Alojamento Estudantil - Alfredo Student - não lhes era familiar. A renda de Carolina terá um custo superior ao de Ana Beatriz. Esta nova aluna de Línguas e Literaturas Europeias vai pagar 400 euros mensais. "É caro", apontou de imediato a mãe, mas Carolina preferiu "um espaço mais pequeno" e só para si, por isso, por opção, também dispensou a residência.


Daisy Carla chega do Brasil para integrar o mestrado em Unidade de Saúde. Encontrou casa há 15 dias, através da internet. Vai pagar 425 euros por um T1. "O valor é um pouco alto", denotou, mas "foi fácil encontrar casa". A maior dificuldade, disse, foi mesmo "o valor".


Inês Casanova procurava alojamento há três dias. Aderiu a vários grupos de Facebook, contactou arrendatários, pediu fotos e acabou por encontrar um quarto que lhe vai custar 200 euros, a que acresce o valor das despesas. Inês estimar gastar, por mês, 250 euros.

Apesar de não considerar o preço propriamente barato, a jovem de Vila do Conde realçou a proximidade ao campus e o espaço da própria habitação. "A minha irmã estuda em Vila Real e paga 120 euros, com despesas", comparou.



"Os preços têm subido gradualmente nos últimos anos, mas, desde o ano passado, sente-se alguma estabilização"


Esta segunda-feira, a Place Me, a extensão do serviço de alojamento da Associação Académica da Universidade do Minho, registou menos procura. Segundo Júlio Lima, surgiram apenas "quatro contactos e nenhum deles foi presencial". "Ontem recebemos alguns contactos, cerca de doze, e na semana passada houve muita dinâmica, com muitos pais à procura de alojamento para os filhos", acrescentou.


Os quartos continuam a ser mais procurados do que os apartamentos. "Não temos tido nenhuma objecção aos preços, porque as pessoas já sabem o tipo de produto que oferecemos. Os preços têm subido gradualmente nos últimos anos, mas, desde o ano passado, sente-se alguma estabilização, com os preços dos quartos a rondarem os 200 ou 300 euros, dependendo da proximidade ao campus e das características do imóvel", adiantou.

No entanto, afirmou Júlio Lima, "a proximidade ao campus sempre foi o factor de decisão".

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