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Liliana Oliveira

Cultura 28.10.2020 20H42

Luís Mestre estreia "Vânia" na Casa das Artes de Famalicão esta sexta-feira

Escrito por Liliana Oliveira
Encenador português reescreveu Tio Vânia de Anton Tchékhov, baseando-se ainda nas versões de David Mamet e Howard Barker.
Palavras de Luís Mestre, encenador

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“Vânia” é a peça de teatro que estreia esta sexta-feira, na Casa das Artes de Famalicão.

A viagem reescrita por Luís Mestre, do texto Tio Vânia de Anton Tchékhov, e dos dramaturgos David Mamet, em Vânia na 42ª rua, e Howard Barker, com (Tio) Vânia, sobe ao palco do grande auditório, às 21h30.


Ana Moreira, António Durães, Belisa Branças, Sílvia Santos e Tânia Dinis dão vida a Elena, que se quer embriagar com a vida; Serebriakov, um homem que não quer nada com a vida; Sónia, uma jovem que vê a vida refletida; Astrov, que vê a vida a sumir-se; e Vânia, uma mulher que se embriaga com a vida.


"Vânia é uma personagem em plena catástrofe íntima, mas não é completamente passiva. Transforma-se numa tempestade, mas é demasiado tarde. Tem força, energia, intensidade, mas o tempo para a usar já passou, porque está atrasada dez anos, e fica no abismo", descreveu o encenador. 


Apesar de já ter reescrito Medeia, de Eurípedes, a que chamou “Agora sou Medeia”, Ricardo III, de Shakespeare, que deu origem a “Do precipício tempestuoso Ricardo III”, e "A chegada de um comboio à cidade", que tem como ponto de partida "Quando nós, os mortos, despertamos", que Henrik Ibsen escreveu em 1889, Luís Mestre considera que Tio Vânia "é uma reescrita muito diferente, porque tem eco de três vozes diferentes". "Tenho eco de Tio Vânia de Tchékhov, com um carácter embrionário, mas passo para o século XX, com David Mamet em Vânia na 42ª rua, e vou ainda ao (Tio) Vânia de Barker. É um percurso mais longo", definiu. 


A peça sobe ao palco esta sexta-feira, dia 30 de Outubro, às 21h30, e repete no sábado, à mesma hora. O encenador português fala de uma produção com "acção e intensidade, com muita energia, força, embora com ritmo lento, e que tem como objectivo tirar todos , actores, equipa e público, deste torpor que carregamos hoje". 

 "Gostaria que viessem assistir a esta intensidade que os actores entregam às personagens, para terem um dia diferente", afirmou Luís Mestre. 


Esta é uma coprodução da Casa das Artes, Teatro Nacional S. João, Centro de Arte de Ovar e Teatro Nova Europa.

Os bilhetes custam quatro euros, metade para quem tem cartão quadrilátero. 

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