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 AFP 
Redação

Internacional 06.04.2021 13H57

FMI aponta crescimento de 3,9% do PIB e desemprego de 7,7% em 2021

Escrito por Redação
Lentidão nos planos de vacinação, apoios mais fracos e dependência do turismo são obstáculos sérios para a recuperação, avisou a economista-chefe do FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê, para este ano, um crescimento de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) português e uma taxa de desemprego de 7,7%, de acordo com as Perspetivas Económicas Mundiais hoje divulgadas.

Assim, no documento World Economic Outlook, ou seja, Perspetivas Económicas Mundiais, o FMI tem as últimas previsões para a economia nacional, apontando um crescimento do PIB de 3,9% para 2021, depois de uma contração de 7,7% registada no ano passado, e um aumento de 4,8% em 2022.

No que diz respeito à taxa de desemprego, o FMI estima que atinja os 7,7% em 2021 e 7,3% em 2022 depois de se fixar em 6,8% no ano passado em Portugal.


De acordo com o relatório, o FMI estima agora, em termos mundiais, uma "recuperação mais forte em 2021 e 2022" em comparação "com as últimas estimativas, com um crescimento projetado de 6% em 2021 e de 4,4% em 2022".

Ainda assim, a organização alerta que esta estimativa "apresenta desafios gigantescos relacionados com divergências na velocidade da recuperação" dos países, avisando ainda que há "potencial para danos económicos persistentes" devido à crise gerada pela covid-19.


No Orçamento do Estado (OE) o Governo apontou para um crescimento económico de 5,4% em 2021, mas já revelou que vai rever em baixa esse cenário em abril, quando apresentar o Programa de Estabilidade.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) reviu também em baixa as previsões de crescimento da economia nacional para 3,3% este ano, face às últimas estimativas que apresentou, de 4,8%.

Por outro lado, no que diz respeito ao mercado de trabalho este ano, o CFP espera "um aumento da taxa de desemprego para 8,3% da população ativa e uma descida para 7,3% no ano seguinte, iniciando em 2022 uma trajetória de diminuição gradual até 6,5% no médio prazo".


"A pandemia ainda não foi derrotada e os casos de novas infeções estão acelerar em muitos países. As recuperações também estão a divergir de forma perigosa entre e dentro dos países", observou a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.

Os maiores perigos ou obstáculos às retomas são "a maior lentidão na implementação das vacinas", "os apoios políticos mais limitados". "Os países mais dependentes do turismo têm pior desempenho", disse a dirigente. É o caso de Portugal, como se sabe.


c/ Lusa

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