A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) acredita que há condições para o regresso dos adeptos até ao final da temporada. A posição foi assumida pelo dirigente Pedro Dias em entrevista ao programa RUM(O) Desportivo, emitido esta sexta-feira.

Segundo o plano de desconfinamento, a 19 de abril, passa a ser permitida a realização de eventos exteriores com diminuição de lotação e, a 3 de maio, iniciativas de maior dimensão, também com limitação de assistência. No entanto, na semana passada, o primeiro ministro afastou a possibilidade de haver público nos recintos desportivos a curto-prazo.

Faltando pouco menos de três meses para o término da época no futebol e no futsal, o membro da direção da FPF refere que o facto de "a abertura já estar expressa na lei é um passo" e que agora há "a necessidade de a regulamentar", dentro das regras estabelecidas pela Direção-Geral da Saúde.

Desde o início da pandemia, os estádios de futebol, em Portugal, já puderam receber adeptos em partidas da primeira e segunda ligas, assim como da Liga dos Campeões e na Liga Europa, ainda que de forma experimental e com limitações. O mesmo aconteceu com a seleção principal.

Centrando no exemplo do jogos de Portugal frente a Espanha e Suécia, em outubro, que serviu de projeto piloto e que teve a colaboração do Governo, o dirigente faz um balanço positivo, dizendo que "correu muito bem" e que "não houve qualquer problema". "Penso que é essa a mensagem que temos de passar para os governantes. Conseguimos ter estádios, alguns deles de grandes dimensões, dentro das restrições necessárias, em que as pessoas podem estar a assistir aos eventos".

A FPF tutela as modalidades de futebol, futebol de praia e futsal. Face às diferenças que existem em termos de recintos desportivos, Pedro Dias considera natural haver regras "mais apertadas" para o futsal, já que se disputa num pavilhão, em comparação com os outros desportos, que acontecem ao ar livre.