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Lusa
Redação

Nacional 09.04.2021 18H58

"Difamaram durante sete anos um inocente"

Escrito por Redação
José Sócrates, à saída do tribunal, afirmou que só se devia recear as manipulações, referindo-se à escolha do juiz Carlos Alexandre.

José Sócrates falou aos jornalistas à saída do tribunal para arrasar a acusação. "Todas as grandes mentiras hoje caíram. A acusação da fortuna escondida, a acusação de uma ligação com Ricardo Salgado é completamente mentira. Tudo isso ruiu".


José Sócrates, à saída do tribunal, afirmou que só se devia recear as manipulações, referindo-se à escolha do juiz Carlos Alexandre.

"O que aconteceu no dia 9 setembro de 2014 é que foi feita uma manipulação no tribunal, foi escolhido o juiz que mais convinha ao Ministério Público, um escândalo. Todos participaram nessa urdidura. Desde o primeiro momento, o que foi feito foi uma viciação do processo", acusou o ex-primeiro-ministro.


O ex-primeiro-ministro acusou também os jornalistas de não cumprirem o seu dever ao longo dos últimos sete anos.

"Nada disto teria chegado a este ponto se o jornalismo tivesse cumprido o seu dever. Era olhar para tudo o que escreveram e perguntarem-se como puderam dar publicidade a estas alegações sem factos, indícios e provas", afirmou.

Sobre os empréstimos, Sócrates sublinhou que o juiz considerou que apenas neste caso há indícios para o levar a julgamento, mas não esquece dois pontos que considera essenciais.

"Houve uma viciação do julgamento logo no início, o juiz nunca foi imparcial nem nunca esteve à altura do cargo do juiz; em segundo lugar, todas as grandes acusações que me fizeram, o juiz demonstrou, com muito detalhe, que eram falsas. O juiz, ao dizer que não há indícios para levar o caso a julgamento na questão da Lena, PT e Vale do Lobo está a dizer que estas acusações nunca deviam ter sido feitas. O Ministério Público queria insultar-me, magoar", acrescentou Sócrates.


Ainda antes de deixar o Campus da Justiça, na garagem, José Sócrates voltou a prestar declarações aos jornalistas, seguindo a tese de que todo o processo "teve uma motivação política".

"Todas aquelas acusações monstruosas de proximidade a Ricardo Salgado, de corrupção na PT, no Grupo Lena e a Vale do Lobo. Tudo isso ficou absolutamente que não há provas nem factos", começou por dizer.

José Sócrates referiu ainda que "pela primeira vez, um juiz declara a distribuição do processo nula. Quiseram entregar o processo ao juiz Carlos Alexandre".

Questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República, o ex-primeiro-ministro não quis partilhar as suas ambições políticas.


c/ TSF

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