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Inês Marinho

Academia 24.02.2017 15H26

Sindicato do ES descontente com reitor da UMinho

Escrito por Inês Marinho
O Sindicato Nacional do Ensino Superior mostrou, através de um comunicado enviado à redacção, o seu descontentamento com o reitor da Universidade do Minho, por este, alegadamente, não querer reunir com os docentes da Escola Superior de Enfermagem, que vive "uma crise directiva e institucional".

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), em comunicado enviado à redacção da RUM, afirmou o seu descontentamento com o reitor da Universidade do Minho, António Cunha, por este "recusar o diálogo com docentes e investigadores" da Escola Superior de Enfermagem (ESE) da Universidade do Minho.

Contactado pela RUM e questionado sobre o ambiente que se vive na escola, Gonçalo Velho, presidente da direcção do SNESup, reitera que "existem actos que são relativos à prática clínica que não têm nenhuma cobertura, seja pelo seguro escolar, em relação aos alunos, seja pelo seguro profissional dos docentes... E se existe qualquer situação, ou qualquer acidente, os próprios alunos podem ser implicados". 

Gonçalo Velho afirma também que há um conjunto de outras "práticas ilícitas" em causa, nomeadamente, "contratações de elementos para, supostamente, substituir os docentes em greve, algo ilícito face ao código de trabalho" e situações "com órgãos que não estão em funcionamento". Segundo Gonçalo Velho, estas situações apresentam "uma gravidade tal, que acabam por instaurar a crise e alimentam a instabilidade da escola".


O presidente do Sindicato refere que 70% dos docentes do quadro da ESE apelam ao Ministro da Educação a resolução para "a situação de crise institucional nos órgãos de gestão da instituição". Perante esta situação, o contacto com o reitor foi o "primeiro passo" mas, segundo Gonçalo Velho, António Cunha recusa-se a reunir com os docentes e investigadores da ESE. "Nós sabemos que o Conselho Geral já chamou a atenção do reitor, sabemos que o reitor informou o Conselho Geral que iria tomar diligências, mas dessas diligências ainda não contactou o sindicato", acrescenta o presidente.


Uma outra situação que, segundo o mesmo órgão, está a causar algum desconforto no seio dos docentes e alunos da ESE é o facto da escola comemorar este sábado, 25 de Fevereiro, 105 anos e não haver uma comemoração oficial porque "a presidência da escola impediu a possibilidade de assinalar o dia, numa decisão unilateral e sem justificação". "Para nós é muito triste que esta acção indiscritível da parte da reitoria tenha conduzido a uma degradação tal do funcionamento de uma instituição que é centenária, que estejamos agora a assistir a esta questão da não comemoração do aniversário", reitera o Sindicato.


A RUM tentou ouvir o reitor da Universidade do Minho, mas devido a uma deslocação fora do país, foi impossível o contacto. Também contactada foi a presidente da ESE, Maria Isabel Lage, que se mostrou indisponível para prestar esclarecimentos ao longo desta sexta-feira.

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