“Vencer a Asma” é o nome do roadshow nacional que arranca esta segunda-feira em Braga. O objectivo da campanha que irá passar por diversos pontos do país é chamar à atenção para a doença respiratória que afecta 10% da população adulta em Portugal. A unidade móvel ficará instalada no centro da cidade dos arcebispos, na Praça do Conde de Agrolongo, e irá contar com a presença de médicos especialistas.

"As pessoas têm que saber que as doenças existem e têm que se propôr a elas próprias como doentes dessa doença. Sendo uma doença crónica, leva a que os doentes se adaptem e passem a achar que as queixas que têm são normais e fazem parte delas", começou por explicar à RUM José Alves, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, justificando a importância da campanha. Além disso, a campanha pretende ensinar os doentes a usar os aparelhos necessários para a inalação, e, ainda, realizar espirometrias "porque muitos doentes não têm sintomas e têm os pulmoes atingidos", explicou.

De portas abertas, o objectivo é esclarecer asmáticos acerca dos tratamentos para a doença bem como realizar um rastreio. No local vão estar médicos que vão "esclarecer doentes sobre a situação da sua asma e os potenciais doentes sobre a eventualidade de terem ou não a doença".  Paralelamente, os cardiopneumologistas executam as espirometrias, os médicos avaliam e dão o diagnóstico aos doentes.

Com o título “Vencer a Asma, Antes que a Asma o Vença a Si!”, a campanha inclui o lançamento do site www.vencera asma.com. O objectivo é relançar a discussão acerca da doença,  já que esta tem "caído no esquecimento", acredita. De acordo com o docente, 20% da população até à puberdade tem sintomas de asma, desde a puberdade até aos 40/50 anos costuma ser 5%, depois disso sobe outra vez sobe para 10%. "É uma doença muito pervalente, com muitos gastos para o doente e para o Estado. É preciso fazer novamente uma alerta para a população para repensar a asma", frisou.

O roadshow, que passará por 8 cidades portuguesas, estará em Braga a 10 e 11 de abril na Praça do Conde de Agrolongo, seguindo para a Maia, Porto, Gaia, Coimbra, Almada, Lisboa e Viseu.