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Fotografia: Vanessa Batista (RUM)
Vanessa Batista

Nacional 30.01.2019 16H07

Ministério da Educação investe 2 ME em Clubes Ciência Viva

Escrito por Vanessa Batista
237 Clubes de Ciência Viva podem ser um motor para incentivar os jovens a ingressar em carreiras ligadas às ciências e engenharias.
Opiniões dos intervenientes sobre a importância dos Clubes de Ciência Viva e suas parcerias no seio das escolas portuguesas.

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O Ministério da Educação vai disponibilizar dois milhões de euros para financiar 237 Clubes de Ciência Viva em Portugal. O projecto foi lançado esta quarta-feira, 30 de Janeiro, na Escola de Ciências da Universidade do Minho, uma das parceiras desta actividade.


De acordo com a subdirectora da Direcção Geral de Educação, Maria João Horta, esta será uma forma de "alavancar" os jovens portugueses para a aprendizagem. Neste momento, "ainda existem salas de aula com modelos muito tradicionais que não despertam a curiosidade dos estudantes, nem a sua criatividade", declara a subdirectora.


Sendo que o futuro está ligado às carreiras nas áreas das ciências e engenharias, "é fulcral atrair jovens para estas profissões", logo a estratégia deve passar por "aulas mais interessantes assim como preparar, da melhor forma, os estudantes para as exigências do mercado de trabalho", afirma. 


Segundo a subdirectora, este é um mecanismo que permite "obrigar as escolas" a criarem parcerias com "instituições de ensino superior, centros de investigação, empresas e centros de ciência viva", uma vez que só deste modo os alunos terão a possibilidade de "experienciar ciência ao vivo feita por investigadores".


A presidente da Ciência Viva, Rosalina Vargas, explica que além da Rede de Ciência Viva vai existir uma rede de escolas para que "durante uma semana crianças do primeiro ciclo" experimentem aulas diferentes nos centros de ciência, onde vão poder aprender com investigadores. A presidente considera esta iniciativa como um verdadeiro "mergulho em ciência". 


Este projecto, que irá decorrer até 2020, está na sua segunda fase que consiste em "criar sinergias com instituições e construir projectos". A terceira, e última fase, contará com um "fórum nacional de clubes de ciência viva". 



Braga e Guimarães com 42 escolas inseridas no projecto 


João Vieira, director da Casa de Ciência Viva de Braga, olha para estes espaços de ciência como uma forma de criar parcerias e discutir "pontos de ligação" entre esses clubes. Desta forma, será possível dar resposta "aos desafios de hoje das escolas no que toca à investigação e projectos", defende.


No caso da cidade de Guimarães são doze as escolas que aceitaram entrar neste desafio. Sérgio Silva, director do Centro de Ciência Viva de Guimarães, sublinha que já existem "vários clubes de robótica e ciência", no entanto estes serão os primeiros centros de ciência viva. A principal diferença recai sobre os apoios financeiros facultados pelo Ministério da Educação. Na opinião do director, "tudo indica que será um projecto de sucesso".


O Hospital de Braga e a Universidade do Minho também são parceiros neste projecto. 



Academia minhota lança UPA UMinho


Manuel João Costa, pró-reitor para Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, anunciou esta quarta-feira o lançamento de uma nova iniciativa, o Universidade Portas Abertas (UPA UMinho). Trata-se de uma fusão do "Open Weekend com uma feira de mostras da academia". O UPA UMinho irá decorrer entre os dias 2 e 4 de Maio. 


Já a presidente da Escola de Ciências da UMinho, Maria Corte Real, preferiu recordar algumas das iniciativas fomentadas pela academia no âmbito da ciência, como é o caso da participação desde 2012 na "noite europeia de investigadores, olimpíadas da química e, também, no projecto "A minha escola de ciências" que atraiu mais de 5.000 alunos de 25 escolas do distrito de Braga e Viana do Castelo".  



Visões das autarquias sobre o programa Ciência Viva


Altino Bessa, vereador do Ambiente na Câmara Municipal de Braga, felicitou o projecto e aproveitou o momento para recordar que a Casa da Ciência Viva de Braga é fruto do Orçamento Participativo local. Para além disso, a autarquia em parceria com a UMinho e a Câmara de Guimarães está a desenvolver um projecto, o "Ciência Andante" que terá como missão trabalhar a "saúde dos rios na região, o mundo invisível dos micróbios, os nanomateriais e o impacto dos mesmos no nosso dia-a-dia".


Ricardo Costa, vereador na Câmara Municipal de Guimarães, lembra que "há 22 anos ninguém acreditava no projecto Ciência Viva" e diz que é premente "alterar mentalidades, pois as crianças não podem continuar a chegar à escola sem saber o que é, e como utilizar um livro". 


Já a vice presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, Elsa Ribeiro diz que é preciso "valorizar a ciência e património" através do estudo efectivo da disciplina.

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