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Mafalda Oliveira

Regional 16.10.2017 19H43

Incêndios: autarquia de Braga lamenta falta de meios aéreos

Escrito por Mafalda Oliveira
Foi esta tarde feito o balanço do incêndio que assolou Braga na madrugada de Domingo.

Está em fase de rescaldo, apenas com pequenos reacendimentos, mas não há memória de um incêndio de tamanha dimensão em Braga. Esta madrugada foram mobilizados 290 operacionais, com 100 veículos, numa área ardida estimada em cerca de 1.200 hectares. Esta segunda-feira, no balanço das operações de combate aos incêndios registados, no salão nobre da Câmara Municipal de Braga, a Protecção Civil deu nota de que as chamas destruíram uma habitação permanente de um idoso, obrigaram à evacuação de cerca de 100 pessoas e terão destruído também um armazém.


As condições meteorológicas, com a velocidade do vento a rondar entre os 90 e 100 quilómetros por hora, facilitaram a propagação do incêncido, disse Vitor Azevedo, da Divisão Municipal de Protecção Civil.  "Foi um dia com condições muito adversas e o incêndio teve uma velocidade de propagação tremenda. Ventos muito fortes, num interface urbano florestal muito complexo, com muitas habitações, obrigou a uma movimentação constante de meios", admitiu. Para Vitor Azevedo, este foi um incêndio "muito complicado", que "obrigou a um trabalho extenuante por parte dos operacionais", referiu.


O vereador da Protecção Civil, Firmino Marques, destacou a falta de meios aéreos em Braga, que poderiam ter evitado a propagação dos incêndios. "Poderia ser de grande utilidade para debelar, numa fase inicial, qualquer um dos incêndios. Pelo menos os que estavam previstos no plano nacional de operações, que terminava a 15 de Outubro. Foram feitos varios pedidos, mas os meios aéreos não chegavam para todo território, tendo em conta a vaga de incêndios que abalou todo o país e a Galiza", lamentou.


O incêndio que no domingo deflagrou na zona da Falperra teve origem em Leitões, Guimarães, e foi dado como extinto pelas 07:00 de hoje. Firmino Marques garante que as colunas de fogo que vão aparecendo apenas representam pequenos reacendimentos e não há motivos para preocupações. "Têm surgido algumas notas de preocupação sobre nuvens de fumo que se vêem, mas são apenas reacendimentos, que estão sob controlo das autoridades, que estão a monotorizar todo o perímetro", garantiu.


"Se me dissessem, há pouco tempo, que em Braga íamos ter um incêndio com mais 1000 hectares, diria que era impossível"


A frase é de Vitor Azevedo que lembrou que "não há histórico de algum incêndio com estas dimensões  no concelho de Braga". Este Domingo, o prinicipal foco eram as habitações. Ainda assim, "apesar do excelente trabalho realizado pelos operacionais", não foi possível evitar a destruição da habitação de um idoso, que foi acolhido por familiares, mas que também está a ser acompanhado pela Segurança Social. Destruído acabou também um armazém, sobre o qual não é possível estabelecer uma relação direta com o fogo florestal, uma vez que, quando ardeu, as chamas no local já tinham sido dadas como extintas há muitas horas.



Estradas em Braga permanecem cortadas pelos menos até terça-feira


Para já, a via da Falperra e a via de acesso ao Bom Jesus e ao Sameiro encontram-se encerradas. Esta terça-feira de manhã será realizado um trabalho de perícia no local, não havendo previsão para desactivação do plano Municipal de Emergencial da Protecção Civil de Braga. Vítor Azevedo admitiu que até ao final de terça-feira as estradas possam ser reabertas.


No balanço foi também deixada uma nota de agradecimento para todos os envolvidos no combate às chamas: populações, serviços municipais, vereação, Juntas de Freguesia e Bombeiros.


O município disponibilizou uma linha telefónica de apoio aos afectados pelos incêndios, que podem contactar com os serviços municipais através do número 253 203 150.

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