Esta terça-feira, celebram-se 175 anos do nascimento de Alberto Sampaio. A vida do historiador vimaranense que dá nome ao mais visitado Museu do Norte de Portugal é celebrado pelas 17h. No Palacete de S. Tiago – onde trabalhou como Guarda Livros – é lançada a obra "Os Livros de Alberto Sampaio". Coordenada por Emília Nóvoa Faria (sobrinha-neta de Alberto Sampaio), a obra debruça-se sobre as suas leituras e a sua biblioteca pessoal.

"A obra « Os Livros de Alberto Sampaio» trata a bilioteca do Alberto Sampaio (doada pela família ao Museu) e retrata o que lia o historiador. Convidamos diversos investigadores a debruçarem-se sobre os livros do autor e daí tirarem as suas conclusões", explicou Isabel Fernandes à RUM.

Para a também investigadora, Alberto Sampaio é um historiador "incontornável na abordagem do território e no conhecimento de Portugal". "Ele tem uma grande importância para o país. Foi dos primeiros historiadores a «agarrar» no território. Ou seja, centrou-se em não fazer uma História focada nas personagens, nos Reis e nos senhores. Conta uma História que é compreendida através da análise do território", diz Isabel Fernandes.

No dia em que se celebra o seu nascimento, Isabel Fernandes recorda  que - ao contrário dos costumes da época -  Alberto Sampaio foi baptizado exactamente no dia em que nasceu, "por temerem pela sua sobrevivência". O historiador foi baptizado no Igreja da Oliveira, junto ao actual Museu de Alberto Sampaio.

A biblioteca pessoal de Alberto Sampaio, com mais de 500 títulos, poderá ser vista até Março de 2017, juntamente com parte do mobiliário do gabinete de trabalho do historiador, que foi trazido propositadamente da Casa de Boamense, em Famalicão, para Guimarães.

A edição de «Os Livros de Alberto Sampaio» contou com o apoio técnico da equipa do Museu de Alberto Sampaio, responsável pelo trabalho de catalogação, e teve ainda o apoio dos municípios de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão.