As cidades portuguesas não estão estruturalmente preparadas para receber um maior número de utilizadores da bicicleta. Esta foi a conclusão central do 4º Encontro Nacional de Grupos Promotores da Mobilidade Urbana em Bicicleta, que decorreu na cidade de Braga no passado fim-de-semana.O Auditório da Associação Comercial de Braga foi o palco onde se discutiu a bicicleta como modo de transporte em Portugal. Num auditório repleto, cem pessoas de norte a sul do país e alguns cidadãos espanhóis debateram o tema.

Aos microfones da RUM, Mário Meireles, Presidente da Braga Ciclável, revelou que uma das principais conclusões retiradas é que as cidades portuguesas não estão preparadas "infraestruturalmente" para que haja uma maior utilização da bicicleta e que o uso do automóvel ainda tem "muito eco" junto da sociedade e da comunicação social. 

Para além de uma "falha" no apoio financeiro para a construção de infraestruturas para bicicletas, neste encontro alertou-se ainda para a "educação dos mais novos" para o uso da bicicleta.

Discutiram-se também os benefícios das cidades "olharem" mais para a bicicleta como uma "alternativa" ao carro. Deve ser efectuada uma "grande campanha de marketing", não à volta da bicicleta em si, mas sim de algo que se prentenda para as cidades incluido este velocípede. 

Um encontro que culminou com um passeio pela rede ciclável na cidade dos arcebispos, momento que serviu também para que se apontassem alguns reparos nomeadamente pelo facto de não existirem ligações entre as infraestruturas, explicou Mário Meireles.